Jornadas até a plenitude de Cristo - MARA 5/42

AS JORNADAS ATÉ A PLENITUDE DE CRISTO - MARA 5/42

“Partindo de Pi-Hairote, passaram pelo meio do mar ao deserto, andaram caminho de três dias no deserto de Etã e se acamparam em Mara” (Nm 33:8)

“Tenho vos dito isto, para que em mim tenhais paz,; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo" (Jo 16:33)

     Passado o Mar Vermelho, uma alegria explode no arraial de Israel, Deus com sua mão forte, derrotou o inimigo, triunfando maravilhosamente. O povo passou o Mar a pés enxutos. Jamais alguém viu tal manifestação de poder e glória. Moisés escreve o seu cântico maravilhoso, Miriã com as mulheres, exultam em danças com tamborins exaltando o Senhor, que glorificou sobremaneira o Seu Nome diante dos poderosos. É hora, então, de partir para mais uma jornada e aprendizado: Começa um caminho de três dias sem água até chegarem a Mara, onde finalmente acham água, mas ainda não podiam beber delas, por serem amargas, e então murmuram pela primeira vez na caminhada. Passam muito rápido da alegria para a ingratidão e murmuração: “Então chegaram a Mara, mas não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas. É por isso que o lugar é chamado de Mara. E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber? Então Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor lhe mostrou uma árvore. Lançou-a Moisés nas águas, e as águas se tornaram doces. Ali Deus lhes deu estatutos e uma ordenança, e ali os provou” (Ex 15:22-25). O Senhor põe o seu povo amado à prova para que seja fortalecido. O caráter de Cristo e o reino dos céus não será conquistado sem que, sob a liderança do Espírito Santo, vençamos as tribulações e desafios da caminhada: “Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino dos céus” (At 14:22). A lição aqui é muito forte: A caminhada não é, e nem poderia ser, fácil.

     O povo de Israel enfrenta o seu primeiro momento crítico no primeiro momento adverso: a murmuração. Como isso é ofensivo ao nosso Deus! A caminhada cristã é um caminho que pretende fortalecer nossos "músculos espirituais”. Não pode ser uma caminhada fácil porque isso não formaria o caráter de Cristo em nós. Crie um filho de maneira que ele nunca tenha dificuldades e você verá o homem que ele (não) se tornará. A primeira lição dessa caminhada é que essa jornada é feita também de aflições necessárias para que, através disso, possamos nos fortalecer e crescer. Tire as "águas amargas" do cristão e você nunca terá um homem maduro com o caráter de Cristo nele. Por vivermos numa geração de falsa pregação de um evangelho de “facilidades” é que se vê tantos fracos e despreparados para as guerras que o Senhor estabelece, para que por elas, o Seu nome seja glorificado. Diante de adversidades, a pior coisa que podemos fazer é murmurar. “E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor” (I Co 10:10).

     Na saída do Egito, o povo já tinha sido avisado a respeito dos desafios da caminhada; comeram do Cordeiro mas também provaram as ervas amargas. Os obstáculos na caminhada irão ser de suma importância para que o nosso caráter cristão e maturidade sejam forjados. O que fazer então diante das dificuldades? O segredo está no próprio texto: entender a revelação do “caminho de três dias pelo deserto” onde experimentamos o poder do madeiro que vence a amargura e nos revela a Água da Vida: Essa árvore que é mostrada a Moisés (a mesma palavra no hebraico para madeiro) é figura da cruz de Cristo. Caminho de três dias sempre vai nos avisar a respeito da obra da Cruz de Cristo em nós “E dizia a todos: Se alguém quiser vir a mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lc 9:23). Diante do negar-se a si mesmo e tomar a nossa cruz dia após dia, temos duas opções: aceitar e crescer em Cristo ou se entregar às reclamações e murmurações mesmo diante de um Deus que tanto já fez por nós. Esta foi a primeira prova a qual o povo passou na caminhada e igualmente isso deve nos falar para que não venhamos a cair no mesmo erro de entristecer o nosso Senhor.

Deus nos abençoe, Pr Marcos Reis


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