Jornadas até a plenitude de Cristo-M-ABARIM-41/42

AS JORNADAS ATÉ A PLENITUDE DE CRISTO - MONTES DE ABARIM 41/42

““E partiram de Almom-Diblataim, e acamparam-se nos montes de Abarim, defronte de Nebo” (Nm 33:47)

““Sobe a esta montanha de Abarim, até o monte Nebo, em Moabe, em frente a Jericó, e contempla Canaã, a terra que concedo aos filhos de Israel como propriedade!” (Dt 32:49)

     Meus irmãos! Que tempo estamos vivendo! Injustiças, o aparente triunfo do mal nesse mundo. Qual a esperança? Na estação anterior a lição foi escolher entre seguir lutando com o nosso próprio braço, “matando um leão por dia" ou se “esconder” em Deus e Nele ter livramento? Claro que devemos orar para que tenhamos uma vida o mais tranquila possível, mas nos parece que à exata medida que o povo de Deus se aproxima de cumprir seu objetivo final mais para esse mundo se reserva o juízo. Por isso, não desanimemos, quanto mais desalinhado o mundo, mais próximo estará nossa redenção. Os que se escondem em Deus, descansarão em meio a todas as tribulações terríveis que se aproximam à exata medida da aproximação do Dia do Senhor e nossa aguardada plenitude! Essa é a nossa esperança!

     A penúltima parada antes da travessia do Jordão foi atravessar uma cadeia de montes chamada Abarim. Para chegar à Canaã era preciso passar por Abarim. Foi exatamente aqui nesse lugar, que Deus levou Moisés para ali ver a herança e morrer.

     Mas o que essa estação significa? Qual a origem do seu nome e a lição aprendida aqui que fez esse lugar ser assim denominado? A raiz é a palavra hebraica “Abar” que significa “ultrapassar para o outro lado fazendo alusão a morrer ou cessar de existir”. Não espanta ser exatamente aqui que Moisés morreu e foi sepultado pelo próprio Deus. A visão privilegiada da promessa e a entrega total de tudo o que somos para que possamos herdar a plenitude. Moisés, como a Lei, trouxe o povo até a visão final da plenitude (A Lei não nos faz herdar, aponta o Caminho) e a condição básica para atingir o objetivo é cessar nossa antiga existência humana. O reino de Deus é a absorção total do nosso ser por Cristo. O Vinho Novo jamais pode ser colocado em odres velhos.

     Ultrapassar, ir para o outro lado! Avançar em direção ao propósito eterno é deixar de viver para si mesmo. A caminhada desde o Egito até o Jordão (última parada) é baseada na diminuição do homem natural. O reino de Deus não pode ser entendido pela mentalidade natural. No natural crescer é “ser um homem melhor”; no celestial, crescer significa diminuir, cessar de existir para si mesmo.

     Nem todos serão aprovados nessa penúltima estação. O teste final da nossa vida terrena é “se deixar morrer”. Talvez isso explique o porquê um homem como Moisés ter morrido (e guardado por Deus) ali. Interpretar que Moisés não herdou a promessa é uma visão míope da revelação. Assim fosse, jamais o mesmo Moisés apareceria ao lado de Jesus no monte da transfiguração ao lado de Elias. Moisés morre pelo povo, tipificando Jesus por nós. O povo está ali nessa estação entendendo que também precisam morrer (não fisicamente porque um já tinha morrido por eles - me refiro a Cristo). Jesus nos disse exatamente isso quando nos comanda a “negar-se a si mesmo e tomar a nossa cruz, seguindo-O”. Não pressupomos uma morte física numa cruz (isso Cristo já fez), mas entender o que isso significa como realidade para nossa vida espiritual.

     Desistir da vida natural para entrar na VIDA ETERNA! Perder para ganhar! Essa é a maior lição entre VER o reino de uma posição privilegiada e ENTRAR. Quem quiser ganhar a vida natural, a perderá; mas quem entender que precisa perder o natural, achará a Vida Eterna, que é o próprio Cristo.

Pr Marcos Reis


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