Unidade - Instrumento de glória

UNIDADE – INSTRUMENTO DE GLÓRIA

“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo o próprio Cristo Jesus, a principal pedra angular. Nele, todo edifício bem ajustado, cresce para templo santo do Senhor. E nele, também vós, juntamente, sois edificados para a morada de Deus no Espírito?” (Ef 2:20-22)

     “Pai! Como Jesus vai casar com tanta gente assim? Foi a maravilhosa pergunta de um menino ao seu pai na nossa congregação. Sendo Ele um só, como pode casar com tanta gente ao mesmo tempo? Só há realmente uma única solução para isso: que nós, sendo muitos, também sejamos um só. Somente a unidade pode trazer a glória de Deus, que é o Cristo manifesto no seu reino com sua Esposa gloriosa!

     Exatamente por isso, quanta dificuldade, tem tido a igreja nessa área: a unidade. A nossa relação com Deus é tão tremenda individualmente; temos tantas experiências poderosíssimas com o Senhor no tocante à nossa vida particular e mesmo assim podemos não estar cumprindo o propósito dele de maneira plena, e, por isso, ainda experimentando um sentimento de inexplicável de incompletude. A experiência começa no individual é verdade, uma pedra precisa ser trabalhada, separadamente, antes se ser ajustada na “grande construção” que é a cidade santa, a Esposa, A Nova Jerusalém, mas só o trabalho individual não nos elevará à condição de morada de Deus no Espírito, como diz o apóstolo Paulo aos efésios.

     A relação no que tange à intimidade com o Pai verticalmente, precisa ser extrapolada ao próximo, horizontalmente. A cruz é exatamente isso: o encontro entre essas duas realidades igualmente importantes e essenciais no cumprimento do propósito do Eterno. Ninguém pode dizer que ama a Deus se não amar o seu irmão (I Jo 4:20). Isso nos faria mentirosos! Amados, não aceite acusação contra seu irmão, muito menos o acuse! Não lute contra a construção da Casa de Deus! A unidade é o instrumento que traz a glória de Deus para o corpo de Cristo! “O quão bom é quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Porque ali o Senhor ordena a benção e a vida para sempre” (Sl 133)

     Num momento de meditação e contemplação diante do Senhor, me peguei pensando: Será que algum dia eu serei, individualmente, uma pedra absolutamente perfeita enquanto viver nesse mundo e nesse corpo? Chego a resposta de que não! Nunca, individualmente, seremos perfeitos. E, acreditem, isso é tremendamente libertador, pois tira de nós a condenação de olharmos para nós mesmos e pensarmos que não estamos sendo aceitos por Ele! Numa construção física, seria como uma pedra de granito linda e perfeita na frente e atrás, mas áspera nos lados... E como então fazer com que sejamos aceitos dessa forma? Só há uma solução: unindo-nos uns aos outros pelo vínculo da perfeição que é o amor. “E acima de tudo isto, porém, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3:14). As nossas dificuldades são escondidas quando nos unimos ao próximo em amor e então, aos olhos do Pai, seremos lindos e perfeitos. A parte áspera e inacabada estará escondida pela comunhão e pela unidade das pedras vivas. Aprendemos que a aspereza dos lados, não é, por si só, um defeito, mas uma forma de dar oportunidade ao amor, a fim de que este, se torne o vínculo dessa construção maravilhosa que é a casa que o Pai está edificando para sua morada eterna. “Cristo, porém, como Filho, é fiel em sua própria casa. Essa casa somos nós, se tão somente conservarmos firmes a confiança, e a glória da esperança até o fim” (Hb 3:6). Sigamos como guerreiros que lutam e vivem a unidade no corpo, para que possamos experimentar a glória que tanto esperamos! Deus nos abençoe.

Pr Marcos Reis


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