Justiça e Juízo - Santidade

JUSTIÇA E JUÍZO - SANTIDADE 

“Não andeis nos costumes das nações que eu expulso de diante de vós. Porque praticam todas essas coisas e eu me aborreci delas”. (Lv 20:23)

     Se por um lado havia uma promessa para a nação de Israel herdar a terra, por outro lado, havia um juízo vindo aos moradores da terra de Canaã por causa das suas abominações. A ordem para Israel era muito clara: Não participar dos costumes daqueles povos, ou seja, separação, santidade! Muito mais que um livro de sacrifícios e leis, o tema do livro de Levítico é santidade: “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”. (Lv 19:2).

     Aprendemos aqui um grande princípio: a justiça sempre vem acompanhada do juízo. Nos dias de Noé, por exemplo, a mesma arca, que foi o livramento do justo Nóe, foi a condenação dos habitantes da terra, cuja maldade havia subido às narinas do Senhor (Gn 6:5-6).

     Da mesma forma hoje vemos o nosso país caminhando a passos largos para um juízo do Senhor. Depois de um tempo grande de estabilidade, nossa economia declina; a corrupção impera em todas as esferas que possamos imaginar; a violência está cada dia mais assustadora; a conivência em chamar o errado de certo, como, por exemplo a tentativa de derrotar a instituição mais sagrada que é a família; o sexo desenfreado e sem limites (leia Rm 1:18,25-27); a ganância daqueles que deveriam nos governar; a educação deteriorada. Tudo isso, por incrível que pareça, no meio de um “crescimento” numérico da igreja evangélica, hoje mais de 20% de sua população segundo o IBGE. Para terminar, uma relação histórica maravilhosa entre Brasil e Israel está sendo simplesmente destruída: Hoje, alegando não concordar com a política de Israel, que é única nação democrática do Oriente Médio, nosso país não tem um embaixador de Israel, embora não se oponha a aceitar diversos diplomatas de vários países que apoiam o terrorismo, por exemplo. 

     Definitivamente algo está tremendamente errado. Somos o sal dessa terra, a luz desse mundo. A igreja deveria estar mostrando algo diferente para a nação. Infelizmente, quando entramos no âmbito de alguns “ambientes religiosos” (desculpe não podemos chamar alguns de igreja do Senhor) vemos as mais variadas deturpações da Palavra de Deus que se pode imaginar. Quantos servindo o dinheiro, buscando ao Senhor em benefício próprio, esquecendo-se que somos a luz em meio a toda essa escuridão. Mestres envenenando o povo que deveriam curar e cuidar. Deus está vendo isso!

     É necessário que estejamos como igreja nos levantando em oração, jejum, em humilhação, a fim de que Deus sare a nossa terra. Chega de entretenimento, chega de servir a Deus por interesse, chega de buscar a Deus em troca de prosperidade. Isso não é o evangelho! Não é esta a mensagem de Cristo! O evangelho de Cristo é santidade, separação, amor a Deus e ao próximo. Nós, como Igreja do Senhor, precisamos assumir o papel de intercessores e sacerdotes. Para isso fomos chamados! Não devemos olhar para a Palavra querendo ouvir afagos e carinhos que satisfaçam as nossas necessidades egoístas, ao contrário, precisamos ser uma geração que se volte para a Palavra do jeito que ela é. A Palavra de Deus precisa lavar a nossa vida para que estejamos limpos diante do Senhor. “Não vos enganeis: Deus não se deixa escarnecer. Tudo o que o homem semear, isso também colherá” (Gl 6:7).

     Eu quero fazer uma convocação aos santos do Senhor: Não andemos nos costumes das nações nas práticas que tem desagradado o Senhor. Somos chamados para sermos santos. Esteja entendendo o tempo em que estamos vivendo para que não sejamos apanhados de surpresa. A justiça virá, mas não tenha dúvida, o juízo também! Deus precisa ver em nós, os sete mil que não se dobram a Baal. Deus os abençoe!

Pr Marcos Reis


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