Reino Inabalável – Sobre a Rocha

Reino Inabalável – Sobre a Rocha

"E entrou Gideão e preparou um cabrito e pães ázimos de um efa de farinha; a carne pôs num cesto e o caldo pôs numa panela; e trouxe-lhe até debaixo do carvalho, e lhe ofereceu. Porém o anjo de Deus lhe disse: Toma a carne e os pães ázimos, e põe-nos sobre esta penha e derrama-lhe o caldo. E assim fez”. (Jz 6:19-20)

      Nas últimas palavras do sermão da montanha, Jesus diz claramente a respeito de se colocar em prática as ordenanças que Ele havia dito a respeito do seu reino. Sábios, classificados como aqueles que ouvem e praticam, e insensatos, como aqueles que somente ouvem, mas não colocam em prática os seus ensinamentos. Jesus diz exatamente o que diferenciaria os dois grupos: a forma como se comportariam diante das mesmas adversidades. As chuvas, as torrentes das águas e o sopro do vento viriam sobre todas as casas; ficariam de pé, entretanto, somente aquelas que foram edificados sobre a rocha.

     Uma realidade do reino dos céus é o fato de que a casa do Senhor está sendo edificada. Estamos, todos nós, como pedras vivas, sendo edificados, em união com Cristo, a Pedra principal, como Casa de Deus para habitação plena e eterna do Seu Espírito (I Pe 2:4-5 – Ef 2:22). O apóstolo Paulo fala em I Co 3:10-11, que edificamos sobre um único fundamento que é Cristo, e que ninguém pode edificar sobre outro fundamento que não seja este. Tudo precisa estar sobre a Rocha.

     Quando Gideão recebeu o seu chamado, edificou um altar particular para adorar a Deus. Ofereceu debaixo de um carvalho a sua oferta, no chão. Imediatamente, o Anjo do Senhor, ordenou que a oferta fosse colocada sobre a rocha. A oferta precisava sair no nível do chão; tudo que oferecemos a Deus, só é aceitável, se estiver posto sobre a Rocha, que é Cristo. “E o anjo do Senhor estendeu a ponta do cajado que tinha na mão, e tocou a carne e os bolos ázimos; então subiu fogo da rocha...” (Jz 6:21). Cristo é a rocha que incendeia a oferta, que aprova a oferta. Sem Ele, nada, por melhor que seja, pode ser aceitável para Deus. Aqui, não foi necessário que o fogo viesse do céu e queimasse a oferta, ao contrário, o fogo subiu da rocha! Cristo, o Varão medida, rejeitado por muitos, mas para Deus, a Pedra eleita e preciosa, cheio do Espírito Santo, como testemunhado na ocasião do seu batismo, é o modelo perfeito; o único, sobre o qual, Deus declara sua aprovação: “Este é meu Filho amado, em quem me agrado” (Mt 3:17). Não há nada, nem ninguém aceitável diante de Deus, a não ser que esteja sobre Cristo. Cristo é a base deste reino inabalável. Fundamentados em Cristo, jamais seremos confundidos, abalados ou destruídos. Ele é a Rocha da nossa Salvação.

     Nas palavras do salmista, somos igualmente inabaláveis e não necessitamos temer absolutamente nada, quando estamos fundamentados nele: “Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares; ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o lugar santo das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará desde o raiar da alva. Bramam as nações, reinos se abalam, Ele levanta a sua voz, e a terra se derrete. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. Vinde, contemplai as obras do Senhor, as desolações que tem feito na terra. Ele faz cessar as guerras até os confins da terra; quebra o arco e corta a lança, queima os carros no fogo. Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio”. Claramente, nas palavras do salmista, os abalos servem para diferenciar o terreno do celestial. A terra se muda, os montes se deslocam para os mares e se abalam pela braveza de Deus, as águas rugem e espumam no seu furor, mas a Cidade do Deus Vivo é inabalável! 

     Nossa geração verá reinos e nações sendo abalados; poderosos se curvando, e terra se derretendo diante do levantar da Sua voz. É necessário que tudo o que não está edificado sobre Cristo seja jogado por terra e abalado; é necessário que tudo o que ofertamos saia do nível do chão e seja posto sobre a Rocha. Que o Senhor abale o que pode ser abalado, até que fique de pé a Cidade do Deus Vivo, a Esposa do Cordeiro, a Igreja dos primogênitos inscritos nos céus, a Jerusalém Celestial, não mais abalada pelas torrentes da águas, mas alegrada eternamente pelo Rio de Vida, que procede do trono do Deus Vivo, a saber, o próprio Cristo. Deus nos abençoe.

Pr Marcos Reis


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