Glória ao Invés de Cinzas - Os tristes de Sião

GLÓRIA AO INVÉS DE CINZAS – OS TRISTES DE SIÃO     

"O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu a pregar as boas novas aos pobres. Enviou-me a restaurar os contritos de coração e proclamar liberdade aos cativos e abertura de prisão aos presos; e apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus. A consolar todos os tristes e a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê uma bela coroa ao invés de cinza, óleo de alegria ao invés de tristeza, veste de louvor ao invés de espírito angustiado. Eles se chamarão árvores de justiça, plantação do Senhor, para que Ele seja glorificado” (Is 61:1-3)

“Chegou em Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado na sinagoga, como era seu costume, e levantou-se para ler. Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Ao abrir o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar boas novas aos pobres. Enviou-me a proclamar liberdade aos cativos, dar vista aos cegos, libertar os oprimidos e anunciar o ano aceitável do Senhor. Fechando o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se. Os olhos de todos na sinagoga estavam direcionados para ele. Então começou a dizer: Hoje se cumpriu esta Escritura que acabastes de ouvir!” (Lc 4:16-21)

     Jesus pregou na sinagoga de Nazaré, como vemos, e revelou que parte da profecia de Isaías estava se cumprindo ali, na sua primeira vinda. Anunciar o evangelho aos pobres, liberdade aos cativos, vista aos cegos, libertar os oprimidos pelo diabo e anunciar o ano aceitável do Senhor. Se notarmos, existe algo da profecia que não foi cumprido na primeira vinda, que trata exatamente a respeito da restauração dos tristes de Sião, onde Ele promete que daria uma bela coroa ao invés de cinzas. O que Ele está falando, obviamente, é a respeito da vinda manifesta do Seu Reino, que não poderia ser cumprido ali em sua primeira vinda. Tremendo ver a conexão da restauração das cinzas com a vinda do Reino e o derramamento do Espírito, o óleo de alegria ao invés de tristeza. Isso confere exatamente com o que vimos a respeito da restauração de Israel nas palavras do profeta Ezequiel no capítulo 37: Uma restauração física, com os ossos sendo unidos e posteriormente uma restauração espiritual com o Espírito do Senhor os enchendo! Sem dúvida alguma, a Palavra de Deus é maravilhosa para nos revelar a vinda do Senhor através da restauração dos nossos irmãos, os judeus; a nação de Israel.

     Através de um montão de cinzas, dos corpos espalhados, virá uma bela coroa, e, assim, será derramado o óleo de alegria ao invés da tristeza! Esta profecia está guardada para a Segunda vinda de Cristo, uma vez que foi cumprida parte dela na primeira, onde o próprio Jesus diz: “Hoje, se cumpriu essa profecia no meio de vós”. Não há por que não crer que Ele restaurará os tristes de Sião, a fim de que todos nós sejamos árvores de justiça, a plantação do Senhor, para a Sua Glória. Nós sabemos que quando Ele vier, será glorificado nos seus santos: “E quando vier para ser glorificado nos seus santos e admirado em todos os que nele creem” (II Ts 1:10). Portanto, não resta a menor dúvida que a “segunda parte” da profecia, não lida por Jesus em Nazaré, trata claramente da Sua Segunda Vinda, e esta, está ligada diretamente à Glória ao Invés de Cinzas! Meus amados, vivemos o maior tempo profético que já houve desde que o mundo foi criado.

     Uma outra coisa interessante é que Jesus fala do “ano aceitável do Senhor” que é conhecido como Jubileu. A terra deveria descansar todo sétimo ano, depois de seis anos de trabalho. Ao final de um ciclo de “sete descansos” ou seja, 49 anos, viria um descanso de todo este período, no 50º ano. Este é o ANO DO JUBILEU, que também é conhecido como “o ano aceitável do Senhor”. Neste ano, os escravos eram libertos, as dívidas eram perdoadas e a terra era devolvida ao seu verdadeiro dono. O que Jesus estava dizendo é que, com a Sua Primeira Vinda, tudo isso estava sendo disponibilizado para o povo, através do seu sacrifício. O que nos choca é que Ele não cita a expressão: “o dia da vingança do nosso Deus”, deixando claríssimo que esta expressão seria cumprida não na primeira, mas na SEGUNDA vinda!

     Não tenha dúvida, tudo está extremamente conectado: A glória ao invés de cinzas precede o glorioso “Dia da Vingança do nosso Deus”! Ele está às portas: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!

Pr Marcos Reis


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