Regiões Celestiais - A guerra

REGIÕES CELESTIAIS - A GUERRA 

"Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" (Ef 6:12).

     Somente vivendo nas regiões celestiais, podemos entender que a nossa guerra não é contra pessoas. Na verdade a pessoa que mais nos desafia em todo tempo, lutando para que não avancemos, somos nós mesmos. Lutar contra si mesmo; contra nossas vontades, nossos desejos desenfreados, nossa confiança no próprio braço, nosso amor próprio e nossa insistência em viver uma vida na alma é o grande desafio que precisamos vencer. 

     Os principados e potestades que operam nas regiões celestiais só conseguem ter domínio e governo na vida daqueles que não estão lá. Ser governado pela alma é viver com o foco no terreno; é estar governado por esse mundo; é habitar debaixo das leis da terra. Se, mesmo depois de chamados a viver assentados com Ele nas regiões celestiais, insistimos em viver para nós mesmos, simplesmente deixamos as regiões celestiais vazias para que os principados e potestades governem com total exclusividade e liberdade. 

     O diabo não tem problema com os crentes; ele tem problemas com os filhos maduros. São estes que habitam nessa atmosfera, assumem a autoridade e destroem o governo de Satanás. Filhos imaturos e terrenos não ameaçam nada. Por isso vemos muitos lutando entre si ao invés de lutar contra as hostes espirituais da maldade. É muito fácil distinguir a maturidade da imaturidade: basta verificar com quem lutamos nossas guerras.

     Um bom soldado que quer agradar aquele que o alistou para a guerra, não se embaraça com negócios desta vida (II Tm 2:4); não é governado pela vida da alma; não pode ser carnal, mas é aquele que habita nas regiões celestiais destronando principados e potestades. Para isso se manifestou em carne o Filho de Deus, para destruir as obras de Satanás, agora e para sempre (I Jo 3:8). Se Cristo é "encarnado" em nós, ou seja, se nossa experiência com Ele não é somente uma experiência intelectual e sentimental, mas verdadeira; não deveríamos estar fazendo as mesmas obras que Ele fez, lutando a mesma guerra e cumprindo o mesmo propósito?

     Quanto mais maduro nos tornamos, quanto mais "subimos" na nossa experiência cristã, menos lutaremos uns com os outros, ou seja, contra "carne e sangue". Somos o Corpo de Cristo e a vida de Deus habita em nós, crescendo a cada dia, por isso, a maturidade, ou seja, o habitar nas regiões celestiais, não é uma opção, mas uma conseqüência de um verdadeiro cristianismo.                                                                                    

     Esta é a nossa guerra; este é o nosso ambiente. Somente estes são temidos pelo "inferno"; somente estes cumprem o propósito eterno o qual fomos chamados. "E deu à luz um filho varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono" (Ap 12:5). Neste contexto do livro de Apocalipse, quando a mulher dá à luz um filho maduro, o qual Satanás queria tragar, este é arrebatado para Deus e seu trono. É após este arrebatamento, que as regiões celestiais são abaladas. "E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele" (Ap 12:9). Precisamos entender um princípio claro: Quando assumimos o nosso lugar nas regiões celestiais, os principados e potestades simplesmente são abalados. Esta é a verdadeira guerra, contra esses poderes, nesta região e não contra os nossos irmãos ou o nosso próximo. Amemos uns aos outros, cuidemos uns dos outros e nos foquemos realmente no inimigo que interessa.

Pr Marcos Reis


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