VISÃO CELESTIAL - A IMAGEM DE CRISTO
“Pela fé José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de Israel do Egito e deu instruções acerca de seus ossos” (Hb 11:22)
José é o último personagem citado no livro do Gênesis (Gn 50:26). Sem a menor dúvida José é a maior tipologia de Cristo do VT. Ele, inocente, foi vendido por moedas de prata pelos seus irmãos; teve sua túnica repartida; tentado, não caiu; foi preso, injustamente humilhado; tornou-se governador fora da sua terra; com toda a glória alcançada, salvou o mundo da fome e perdoou os seus irmãos; foi um instrumento de salvação para o seu povo Israel e era o mais amado filho de seu pai! Quantas características absurdamente parecidas com Jesus, o nosso Senhor e Salvador. Ele é o sétimo personagem do capítulo dos heróis da fé da epístola escrita aos hebreus. Na verdade, os sete primeiros personagens desse capítulo relatam claramente um resumo do livro de Gênesis. Abel, Enoque, Noé, Abraão, Isaque, Jacó e José.
Para reforçar a posição da tipologia de José, apontando para Cristo, no tocante ao propósito de Deus em nossas vidas, podemos analisar o seguinte: O livro de Êxodo fala da libertação do povo de Israel do cativeiro egípcio, entretanto, vale ressaltar, que o livro de Gênesis, no seu último versículo, citado acima, fala exatamente da morte do salvador, e uma ordem clara para que seus ossos fossem tirados da sepultura. Em figura, reflete a realidade espiritual: sem a morte e a ressurreição do Salvador Jesus, jamais poderíamos ter saído do cativeiro do mundo!
José era definitivamente um homem que teve a sua vida relacionada a sonhos. José era um homem de visão celestial. Sonhou que os feixes de trigo dos irmãos se curvavam diante dos seus feixes; que o Sol, a Lua e onze estrelas igualmente se curvavam diante dele; interpretou os sonhos do Faraó e o sonho do seu companheiro de prisão no Egito. A característica da vida de José pode ser resumida em uma única palavra: Sonhos! Sonhos que o fizeram ser perseguidos pelos seus irmãos, que o levaram para a prisão, que aparentemente o derrotariam, mas também, sonhos que o fizeram alcançar o reino, a glória. Os sonhos levaram José a ter a sua vida conformada à perfeita imagem de Cristo.
Amados, entendamos um princípio muito claro no tocante à visão celestial: A visão nos levará a sermos totalmente afastados e incompreendidos do mundo e da religiosidade, mas também será o instrumento para que alcancemos o reino e a glória do nosso Senhor! A mesma visão que não encaixa com o sistema mundano, é a visão que o Senhor tem estabelecido para que alcancemos a maturidade da conformação a Cristo, o nosso modelo! Não devemos esperar ser alguém com visão de Deus e ser compreendido pelo mundo ao mesmo tempo. Jesus não foi compreendido pelo mundo e religiosos da época. A visão do reino não se encaixa na visão religiosa, não se encaixa na visão do mundo. São simplesmente incompatíveis e o quanto antes entendermos isso, mais conformados a Cristo seremos, e mais o seu glorioso propósito será alcançado em nossas vidas.
Há uma caminhada a ser seguida! Se nos apegarmos a visão celestial, como José, estaremos caminhando em direção à glória, ao reino, ao propósito eterno do Senhor para nós. Somente homens com sonhos podem ver a dificuldade sem abandonar o propósito; somente homens com sonhos podem entender que perder é ganhar; que o menor é o maior; que é melhor dar do que receber. No cenário atual de religiosidade do “salve-se quem puder”, não tenhamos a menor dúvida: A visão celestial é a nossa única esperança de não nos conformarmos com o mundo, mas nos transformarmos pela renovação do nosso entendimento e assim alcançarmos a boa, agradável e perfeita vontade do Pai para as nossas vidas (Rm 12:1-2). E que perfeição é maior do que ser a imagem do Filho Amado, Jesus, o Cristo. Que cumpramos essa carreira, que tenhamos claramente, qual é a visão celestial. Deus os abençoe.
Pr Marcos Reis