NOVO CÉU E NOVA TERRA - NO FIM DOS MIL ANOS…
"E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. (Ap 20:7-8). "E subirás contra o meu povo Israel, como uma nuvem, para cobrir a terra. Nos últimos dias sucederá que hei de trazer-te contra a minha terra, para que os gentios me conheçam a mim, quando eu me houver santificado em ti, ó Gogue, diante dos seus olhos.” (Ez 38:16)
Cristo reina desde a sua vitória na cruz! Essa é uma verdade que jamais podemos esquecer. O reino é uma realidade, ainda que não esteja totalmente manifestado. Somos mas ainda não se manifestou totalmente o que havemos se ser. Daniel é enfático ao dizer que essa Pedra, cortada sem o auxílio de mãos derrubou o império do governo de satanás, na figura das cabeças da besta e esse reino “não terá fim e não será dado a outro povo” (Dn 2:34,35,44). O príncipe desse mundo foi expulso, glória a Deus! (Jo 12:31).
A Palavra de Deus é enfática em dizer que nós reinamos com Ele em vida (Rm 5:17). Para nós, o reino não é somente futuro, já é uma realidade hoje, desde que cremos em Cristo e somos unidos a Ele. É bem verdade que aqueles que dormiram em Cristo já estão livres tanto no espírito quanto no próprio corpo, ao passo que nós, embora regenerados no espírito, ainda carregamos esse corpo de morte (Rm 8:10). O Reino para nós não será uma realidade, ele já é. Não é a respeito de uma aparência externa; está dentro de nós! O autor de hebreus diz que "nós, os que cremos, já chegamos nesse Dia Sabático do Descanso" (Hb 4:3). Já temos chegado a Sião, à Nova Jerusalém, à igreja dos primogênitos inscritos nos céus (Hb 12:22-23). Abraão exultou por ver o Dia de Cristo, o viu e se alegrou! Esse Dia é essa dimensão sabática já alcançada em Cristo, o nosso real descanso! E não devemos esquecer que “mil anos são como um dia” (II Pe 3:8). Em Cristo, entramos no Dia, entramos nos “mil anos”.
Embora muitos possam crer num milênio literal, a ser iniciado somente quando Jesus voltar, precisamos admitir que isso excluiria a conquista do reino na cruz do Calvário. Colocaria satanás livre para realizar todos os intentos, reinando sobre essa terra, no tempo atual, e não como um príncipe expulso e julgado! Jesus foi claro, na ocasião da sua assunção ao céu, ao dizer que todo o governo foi dado a Ele no céu e na terra (Mt 28:18). Esses “mil anos”, ou esse “Dia” chamado de “Hoje" em hebreus, já é uma realidade (Hb 3:13; 4:7) para os que estão em Cristo, livres do poder da morte, do diabo e do pecado! Já reinamos com Ele! O diabo, o antigo valente, não está livre nos seus intentos, ao contrário, está sujeito totalmente a Deus. Ele teve sua cabeça esmagada no Calvário, e perdeu os seus cativos (Mt 12:29). A besta que era e não é! Por isso está limitado ao abismo, à sepultura (Ap 9:11; Ap 17:8). Seu poder pode ser exercido, claro, mas somente nos que ainda jazem dentro da sepultura desse mundo com ele. A serpente foi neutralizada mas o seu veneno ainda atua naqueles que não receberam Cristo. Assim se explica o aparente poder do inimigo. O “fim dos mil anos”, é onde finalmente Deus determina o juízo de tudo; onde satanás é solto para reunir a sua semente e manifestá-la (Mt 13:30). Gogue e Magogue, surge na volta do Senhor como o anticristo, mas palavras de Ezequiel, exatamente no final dos mil anos, conforme reforçado em apocalipse.
O Descanso dos santos é interrompido pela ressurreição e transformação do Corpo de Cristo, completo de todas as eras (Ap 6:9-11). JUNTOS com ELE, participamos da manifestação visível da grande vitória sobre satanás e seus anjos, o Armagedom. Será então totalmente destruído e para sempre lançado no lago de fogo. Os céus e terra que agora existem passarão e darão lugar a um NOVO CÉU e TERRA. A Cidade edificada já não poderá mais ser escondida (Mt 5:14). Descerá, a vista de todos, o glorioso Tabernáculo de Deus, a Esposa do Cordeiro, e para sempre os homens estarão com Deus e Deus com eles, como no princípio, num único ambiente (Ap 21:1-4,9-10).
Pr Marcos Reis