O POLITICAMENTE CORRETO E A IGREJA – A GERAÇÃO Y
“Sabe, porém isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos” (II Tm 3:1-2)
Você sabe o que é geração Y? “São popularmente conhecidos como Millennials, ou ainda, Geração do Milênio ou da Internet. Essa geração teve uma convivência já muito cedo (bem antes que a dos seus pais, conhecida como geração X) com a tecnologia avançada. Outra característica marcante dos Millennials é a relação com seus pais, os quais alguns autores classificam como excessivamente permissivos, criando Y mimados, sem noção de limites. O jovem da Geração Y não sabe lidar com frustrações. Nesses últimos 20 ou 30 anos, nós não preparamos o jovem para lidar com as perdas. De alguma maneira, a sociedade e a família mudaram o seu discurso e sua forma de lidar com os filhos, “protegendo-os” de frustrações o máximo possível, ou dividindo essa carga, em uma espécie de companheirismo. Essa proteção fez com que os jovens se tornassem mais frágeis para a vida, em todas as suas áreas. Ele entra nesse mundo qualificado em termos acadêmicos, mas não tem cicatrizes, que dão força para suportar a realidade das nossas escolhas e suas consequências. O jovem dessa geração, em geral, espera que o mundo trabalhe a favor dele, que o mundo aja como os pais, dividindo a responsabilidade, os protegendo. Só que a vida real funciona diferente. Em termos técnicos estão compreendidos entre os nascidos de 1980 a 1995 (ou próximo disso); na chamada revolução tecnológica; num ambiente fortíssimo de globalização e diversidade com características fortes de satisfação dos desejos pessoais a qualquer custo com excesso de consumismo.” O que lemos são escritos científicos e não religiosos. Cientistas têm sintetizado suas conclusões a respeito dessa geração exatamente dessa forma.
“S.O.S. PAIS, ADULTOS, EDUCADORES: A atual geração dos jovens é a pior dos últimos 200 anos!” Quem afirma isso é a Unesco, órgão das Organizações das nações Unidas (ONU) responsável por acompanhar as áreas de educação e cultura no mundo inteiro. Eis a conclusão do relatório anunciado este ano: "Em 200 anos, baseado em pesquisas, dados, levantamentos, chega- se à conclusão que a atual geração de jovens entre 15 e 35 anos - adolescentes e adultos jovens - corre o risco de, pela primeira vez na história ser pior, menos culta, com menor capacidade de ser bem sucedida e mais imatura que a geração de seus pais!"
Mas o que importa isso para a igreja? Tudo. A igreja não deveria fazer parte do mundo sistêmico, mas temos que entender que estamos no mundo físico. Não somos do mundo mas estamos no mundo (Jo 17:14). E precisamos, igualmente, entender como o mundo está andando e saber o quanto estamos inseridos nesse sistema para que possamos sair pelo entendimento do nosso Senhor. Como filhos de Deus, com o DNA do nosso Pai da Eternidade, não podemos estar sujeitos a transições de gerações. Não devemos nos conformar com esse mundo. O mundo mudou, a forma de se viver também, é claro, mas o que a sociedade a todo tempo quer incutir em nossas mentes é a cultura de um “Deus antiquado” que não cabe mais na cultura “ultra desenvolvida” da nossa época. Este é o mesmo “ultra desenvolvimento” que, ironicamente, tem levado essa mesma geração a “caçar pokemons”, se viciar em BBB’s e jogar “baleia azul”, dentre outros absurdos. Definitivamente há algo errado que precisa ser consertado.
Seculares e alguns cientistas já atestam o que muitos pais (infelizmente dentre estes um enorme número de cristãos) ainda não conseguem ver. Vivemos num sistema de total descontrole. Adolescentes e jovens trancados nos quartos, com ilimitado acesso a redes sociais, uma liberdade exagerada em nome de um amor irresponsável. Não podemos aceitar isso! Uma característica dos últimos tempos que Paulo diz a Timóteo é exatamente a desobediência aos pais e mães. Em nome desse suposto amor que nunca diz “não” uma geração corre o risco de se perder. Conhecendo o tempo, já é hora de despertarmos do sono (Rm 13:11)
AOS FILHOS eu digo: Não somos deste mundo. Nossa geração não é a Y, X ou Z; é a “geração eleita” destinada ao reino, da qual fala o apóstolo Pedro na Palavra de Deus (I Pe 2:9); por isso, submetam-se aos seus pais, aos seus líderes que caminham na Palavra de Deus, ou se preparem para serem considerados como a pior geração dos últimos 200 anos. AOS PAIS, digo com mais veemência: DEIXEM DE SER TOLERANTES, pensando que isso é AMOR. Não é! Exerçam a paternidade de Deus, preparando os filhos para a vida real e suas dificuldades, e isso fará com que se tornem homens, mulheres, pais e ministros que serão luz num tempo extremamente difícil que a Palavra atesta que vivemos e ainda viveremos.
Pr Marcos Reis