GLÓRIA AO INVÉS DE CINZAS – HOLOCAUSTO E AVIVAMENTO
“Veio a mim a Palavra do Senhor, e Ele me levou no Espírito do Senhor e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos. E me fez andar ao redor deles, e eu vi que eram muito numerosos sobre a face do vale, e estavam sequíssimos” (Ez 37:1-2)
Por amor do Seu Santo e Glorioso Nome, o próprio Deus restaurou Israel como nação há setenta anos. Seis milhões de judeus assassinados na II Guerra Mundial, expulsos de quase todos os países da Europa, com seus bens saqueados, para os campos de morte. Assassinados cruelmente por tiros e jogados nas valas, viraram um amontoado de ossos. Em maior escala, para agilizar o processo de extermínio, foram mortos nas câmaras de gás, tendo, por exemplo, retirados seus cabelos para que deles fossem feitos tapetes, etc; por fim, seus corpos eram incinerados nos fornos. O resultado final disso foram cinzas expelidas pelas chaminés que cobriam casas, estradas, transformando boa parte da Europa, até então cristã, num verdadeiro cemitério a céu aberto. Era, humanamente impossível enxergar alguma esperança de restauração. Para onde os pouquíssimos e debilitados sobreviventes voltariam? Quem os acolheria? Como a glória poderia ser vistas no lugar das cinzas? Era impossível, mas não para Deus. Se cumpriu a profecia: “Filho do homem, poderão viver esses ossos? Eu disse: Senhor, tu o sabes” (Ez 37:3).
Estamos sendo chamados, como Ezequiel, a ouvir do céu o chamado para que estejamos “no meio” desse vale. Este é SIM, um assunto de suma importância para a Igreja do Senhor. Temos SIM que nos envolver nisso. Após a II Guerra, as nações não tinham outra alternativa, diante de tamanha comoção pelas atrocidades cometidas, a não ser determinar que os judeus voltassem para sua terra e ali se estabelecessem novamente, depois de quase 2.000 anos, como a nação de Israel. Cumpriu-se literalmente as palavras do profeta Oséias: “Vinde, tornemos ao Senhor, Ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará, depois de dois dias nos dará a vida, e ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante Dele” (Os 6:1-2). Depois de dois mil anos, a ressurreição. Sua restauração está ligada diretamente ao estabelecimento do Reino manifesto. É através da restauração de Israel como nação que a Noiva vai entender os tempos da volta do Rei e mergulhará no desejo de conhece-lo mais profundamente: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor. Como a alva é certa, assim será a sua vinda, Ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra” (Os 6:3). É o Holocausto e o avivamento caminhando juntos. Por que a restauração de Israel é importante para a igreja? Por que este deve ser um assunto no nosso maior interesse? Simples, porque, através disso, como Esposa de Cristo, entenderemos o tempo da sua volta. Sem dúvida, Israel é o maior de todos os sinais da volta do Rei.
Nossa geração está vivendo o tempo profetizado pelos grandes profetas da antiguidade; nesse tempo, 70 anos após o estabelecimento da nação de Israel no cenário mundial. Uma nação com altíssimo poder bélico, intelectual e tecnológico com apenas 70 anos de existência moderna, que vive, cercada de guerras, no ambiente mais hostil do planeta, o Oriente Médio, tem se mantido de pé, sabemos, não por causa da própria força, mas pelo imenso poder do nome do Deus Todo-Poderoso. É fato também, que ainda precisam reconhecer o Messias e ter expandida esta restauração num nível que vá além do “ajuntamento de ossos”, um nível espiritual tremendo com o cumprimento total da profecia de Ezequiel: “Então, Ele me disse: Profetiza ao espírito, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor Deus: Vem dos quatro cantos, ó Espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam” (Ez 37:9).
Um grande exército em pé! Somente Deus pode fazer com que isto seja realidade. Das cinzas à Glória. Estamos muito perto do cumprimento de tudo isso! Que possamos profetizar como nos foi mandado, no meio do vale, e entender, como Esposa de Cristo, nossa posição no Reino, nosso chamado no aprofundamento do conhecimento do Filho de Deus para que não sejamos tomados de surpresa na Sua volta.
Pr Marcos Reis