Salmo 23 - A Suficiência de Cristo
O Salmo 22 tratou da nossa justificação, pelo sangue de Cristo derramado. O 23, tratará da santificação, do progresso na caminhada. O Senhor é o nosso pastor: não temos falta de mais absolutamente nada. A necessidade de sermos guiados totalmente por Ele. Ele não nos quer somente “ajudar” mas sim viver em nós. Ele não é um “meio” para uma necessidade ser atendida, mas o nosso próprio “fim”.
Quando nos relacionamos por necessidade e não por amor, estamos nos prostituindo. Somente sendo guiado pelo Seu Espírito, não temeremos nada, porque Ele está conosco. O instrumento da sua condução a águas tranquilas será a vara e o cajado. Sem disciplina e correção, e estas sendo, exercidas com amor, jamais chegaremos no alvo. Devemos amar a correção. Assim como Ele leva o povo a celebrar uma festa no deserto; assim também prepara uma mesa na presença dos nossos inimigos. Por fim, estarmos quietos, fugindo das distrações e ativismos e vivendo a contemplação da Sua face, nos dará a oportunidade de termos a cada dia nossa cabeça ungida com óleo até transbordar. Diante disso a certeza e não a dúvida invadirá o nosso coração. “Certamente” nos seguirão os frutos desse relacionamento poderoso.
De onde vêm as tentações? Dos desejos da alma, das concupiscências (Tg 1:12-15). Desejos de corações que não estão satisfeitos com Cristo., não O tem como o centro de suas vidas (assim como a mulher no Éden (Gn 2:9 / Gn 3:3 ). A Cobiça, prostituição, idolatria, murmurações (I Co 10:1-13) são frutos de insatisfações de uma vida que deseja “algo a mais” para “ser feliz”. Não devemos ter Cristo e ainda sim precisarmos de outras coisas. Não devemos desejar “outro alimento” (Nm 21:34) como o povo desejou carne. O pior juízo de Deus é quando Ele satisfaz o desejo da nossa alma (Sl 106:13-15). Agradeçamos pelas orações não atendidas que foram feitas para nossos próprios deleites, ofensivas a suficiência de Cristo em nossa vida.