EDIFICANDO A CASA DO PAI - IV
A edificação da igreja é a plena formação de Cristo nela, individual e coletivamente. Recebemos o Senhor pela fé, e precisamos crescer, a cada dia, na graça, no conhecimento e na estatura Dele. Para isso foram dados a nós, por Deus, como presente, os ministérios: para a edificação do corpo de Cristo até à estatura de sua plenitude: “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4:13). O Espirito Santo é o edificador, que usa a própria igreja para proceder o seu próprio crescimento. Uma vez resgatados do poder das trevas somos filhos de Deus, recém nascidos, e agora precisamos caminhar para a maturidade. De “filhos que mamam”, teknon no grego, para filhos experimentados, huiós, que têm a autoridade do Pai. Essa caminhada se dará, sempre, pela palavra. É a Palavra de Deus, o agente de transformação e de crescimento.
Estamos num momento ímpar da igreja de Cristo na nossa geração. Não podemos desperdiçar essa riquíssima benção dada pelo Senhor. A maioria das congregações, graças a Deus, estão cheias de pessoas, que há muito tempo, já conhecem, em algum nível, o Senhor. Até mesmo os visitantes vêm, em sua grande parte, já tendo em algum momento um conhecimento de Jesus. A pescaria, sem dúvida, está sendo bem sucedida, no entanto, os peixes agora precisam ser limpos para que possam cumprir o seu propósito na terra. Ao mesmo tempo, estamos tendo a oportunidade de ver uma nova geração de filhos nascendo nas nossas igrejas e, cremos que, a partir da nossa edificação, da nossa obediência e entrega à uma vida madura, essa geração experimentará um crescimento incrível na presença de Deus. Eles não terão as marcas que nossa geração carrega, SE nós cumprirmos com obediência a nossa tarefa de ensiná-los NO CAMINHO: “Ensina a criança no caminho em que se deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv 22:6). Qualquer vacilo nosso, perderemos nossos filhos, pois o diabo sabe que uma geração de libertadores está se levantando e usará todas as suas forças, como sempre faz ao ver nascer a ameaça, para “afogá-los no Nilo” (Ex 1:22). “Quem tem ouvidos, ouça!”. Eles serão as flechas poderosas lançadas por Deus nas entranhas das trevas nesse último tempo. Eles serão os nascidos e treinados dentro de Casa, para isso, precisamos ser aqueles que geram e treinam! Não devemos vacilar nessa tarefa tão importante que nos foi entregue pelo próprio Deus.
O relógio profético de Deus se move a partir da edificação e maturidade de um povo: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e EDIFICAR Jerusalém …" (Dn 9:25). Precisamos não só saber, mas ENTENDER isso! Como, às vezes, mesmo Deus sendo tão claro e nos fazendo conhecer tanto, continuamos não entendendo! Precisamos orar e chorar, nossas entranhas precisam se derramar diante do SENHOR a fim de que entendamos: “Oro para que Deus ilumine os olhos do vosso entendimento…” (Ef 1:18). O cumprimento da profecia mais completa do AT sobre a obra de restauração de todas as coisas começa a se dar a partir da edificação da Cidade! O quanto vamos viver das riquezas eternas se entendermos isso e deixarmos a imaturidade em direção à edificação? Quantas coisas começarão a acontecer na nossa vida individual e coletiva quando nos entregarmos, sem reservas, à edificação do Espírito? Quão poderosos em Deus serão nossos filhos, se não negligenciarmos o que o Pai está nos pedindo?
Tudo o que se entende é feito com alegria e com prazer! A obediência só pelo conhecimento tem a sua utilidade mas não cumpre toda a missão, pois Deus deseja que não só Ele, mas nós também, tenhamos prazer e alegria na caminhada. É certo que a maioria das vezes vamos começar sem entender, mas à medida que vamos dando os passos, em oração, com o coração aberto, o entendimento vai se abrindo e o prazer sendo experimentado. Existem os que não obedecem; há os que até obedecem por um tempo e, sem entender, desistem; e existem aqueles que obedecem, confiam, entregam seus corações totalmente nas mãos do SENHOR, suas vidas como um sacrifício vivo. Estes últimos são os que experimentam, desfrutam, a boa, agradável e perfeita vontade de Deus pois foram "transformados pela renovação do entendimento” (Rm 12:2). Oremos para que possamos entender o que o SENHOR está fazendo nesses últimos dias à sua igreja e nos alegramos juntamente com Ele.
Pr Marcos Reis