DO MUNDO A JESUS, DE JESUS AO CRISTO - III

DO MUNDO A JESUS, DE JESUS AO CRISTO - III

“Ouvindo-o porém Priscila e Áquila tomaram-no e, COM MAIS EXATIDÃO, lhe expuseram o caminho de Deus” (At 18:26)

Conhecer o Senhor com mais exatidão é necessário para a igreja, especialmente a brasileira. Somos a maior nação de cristãos do planeta. E nessa nação, somos uma igreja que até compreende que saiu do Egito, e, de alguma forma, crê no sangue do Cordeiro. No entanto, esta mesma igreja, na sua maioria, ainda não consegue ser um agente de transformação para a nação. Por quê? Porque mesmo tendo saído do Egito ainda não manifesta o poder do REINO de Deus. "Que venha o Teu Reino”. Muitos ainda não entraram na "Terra Prometida”, não entenderam ainda o seu propósito e, infelizmente, ainda persistem em viver na confortável visão de um evangelho conveniente que atende às necessidades sem confrontar a assumir nossa responsabilidade. Nunca foi sobre satisfazer nossa carência, mas sobre a manifestação da expressão de Deus no mundo. E vivendo assim, creia, nada nos falta. Repartir e derramar é o segredo da verdadeira prosperidade. O centro da vontade de Deus sempre será o lugar mais seguro.

Oséias diz que devemos “conhecer e prosseguir em conhecer o Senhor” (Os 6:3); o livro de provérbios diz que a vereda do justo é como a luz da aurora, um caminho que brilha cada dia mais até ser Dia perfeito (Pv 4:18); Ezequiel fala de uma experiência com o Rio de Deus em níveis cada vez mais profundos (Ez 47:3-5). É isso que precisamos entender, desejar e encarar como um processo normal e necessário da vida de um filho de Deus: crescer no conhecimento de Jesus Cristo. Apolo aqui, um homem preparado, conhecedor das Escrituras, fervoroso de espírito, mesmo ele, precisou ser ajudado, pelo casal Áquila e Priscila, companheiros de Paulo, a entrar em um nível maior no Senhor.

Já falamos que muitos, até mesmo os que seriam mais tarde apóstolos poderosos, andavam com Jesus, mas não conheciam o Cristo. Visavam ainda os melhores lugares; o ser maior que o outro; queriam poder para destruir quem julgassem ser opositore. “De que Espírito sois?” Perguntou Jesus. Não somos superiores a ninguém, nossas obras não nos colocam num patamar diferente na graça. A humildade é a vara de medir desse tempo. Se somos trabalhadores que chegaram mais cedo, celebremos e ajudemos os trabalhadores da ultima hora. O “salário” é igual para todos, um denário, o trabalho de um único Dia! O Dia perfeito: Cristo. Ele é o "Hoje" de Deus (Hb 4:7)! Se gozamos da presença por mais tempo, pela graça de sermos chamados antes, essa é a nossa alegria, a comunhão e a presença de Cristo na vida. Um filho jamais trabalha pela recompensa! Um escravo sim.

A vinda do Reino é o governo da vontade de Deus. “Seja feita a Sua vontade na Terra como é feita no céu”. O poder de Deus sem a Sua vontade é uma verdadeira catástrofe! É o que muitos, infelizmente, ainda enxergam: Um Salvador poderoso que executa a vontade do homem! Quando Ele nos convida a comer e beber Dele, razão pela qual muitos discípulos o abandonaram (Jo 6:66), Ele está falando em fazer a Sua Vontade: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou” (Jo 4:34). O cálice do Getsêmani foi a vitória da vontade de Deus sobre a vontade do Homem! Essa é a nossa ceia! Uma entrega total da nossa vontade! Se realmente conhecermos que nunca foi sobre um Cristo que realiza a nossa vontade, mas um Salvador que nos convida a entrar na vontade soberana Dele, ainda assim permaneceríamos com Ele? E quando a Sua vontade não for exatamente o que "nosso ventre gosta", manteremos o nosso amor? Quanto se tem visto de decisões tomadas pelo que se gosta e nem sempre pelo que Deus quer… Quanto governo advindo do ventre humano estamos vendo nesse mundo e infelizmente em parte da igreja… Ervas amargas na noite de saída do Egito (Ex 12:8), devorar o livrinho doce na boca e amargo no ventre (Ez 3:3; Ap 10:9). Assim estava o Senhor nos avisando em todo o tempo: Um filho de Deus não se move mais somente pelo que gosta, mas pelo que é preciso. Não se engane, a própria oração que o Senhor nos ensinou não é sobre pedir pão a um pai, atendendo a uma necessidade, mas sobre atestar o que Ele já faz. Qual o pai aqui que espera o filho pedir pão para o alimentar? Deus seria um pai menos gracioso que nós? É sobre a vinda do Reino, sobre não sermos mais somente os que saíram do Egito, mas os que avançam para uma dimensão onde a vontade de Deus é estabelecida, sobre aqueles que já habitam em Sião (Hb 12:22-23). A estes, Deus não terá problema em comissionar com o Seu poder, pois tudo será feito para a realização da Sua Vontade. Primeiro a vontade, depois o poder. Essa é a ordem.

Um toque e o cego passou a ver, mas ainda via "homens como árvores que andam”. Ainda via pessoas como instrumentos de realizações dos seus anseios por comida e sombra. Ainda via sua necessidade maior que o seu propósito, e Jesus, o tocou novamente para pudesse agora, “ver perfeitamente”. Esse é o tempo da igreja nessa nação. Faça parte disso!

 



Pr Marcos Reis


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