AS JORNADAS ATÉ A PLENITUDE DE CRISTO - LIBNA 17/42
“Partiram de Rimom-Peréz e acamparam-se em Libna". (Nm 33:20)
"Então partimos de Horebe, e caminhamos por todo aquele grande e tremendo deserto que vistes, pelo caminho das montanhas dos amorreus, como o Senhor nos ordenara; e chegamos a Cades-Barnéia." (Dt 1:19)
"Tornastes-vos, pois, e chorastes perante o Senhor, porém o Senhor não vos ouviu, não inclinou os ouvidos a vós outros. Assim, permanecestes muitos dias em Cades … Então o Senhor me falou, dizendo: Tendes já rodeado bastante esta montanha, virai-vos para o norte". (Dt 1:45-46 / Dt 2:2-3)
Vimos que uma nova etapa se iniciou no deserto de Parã, ou Cades (original Qadesh = santo). Entendemos como um trabalhar da santificação coletiva da nação. Passados Ritma e Rimom-Peréz, chegaram em Libna. Deuteronômio vai resumir esse grande período de dezoito paradas em Cades em poucos versos: Estão entre Dt 1:19 e Dt 2:3. Isso é muito importante, pois esse lugar foi um período muito grande de tempo em que o povo literalmente “deu voltas”. Era necessário passar muito tempo no processo da santidade como nação. Era necessário que ficassem muito tempo, como nação, no lugar chamado Qadesh.
Existe um significado que muitos eruditos definem o nome Libna. Ele procede de Libner, em hebraico, que era uma árvore chamada Choupo Branco. Essa árvore expele uma resina branca, e daí, vem a palavra Libner, que significa brancura. Libna fala de algo alvo, claramente indicando a necessidade de nos tornarmos puros pela obra de Cristo em nós. A incredulidade inicial e depois a soberba e autoconfiança impediram o povo de entrar na terra. Por um longo período de tempo, e muitas voltas, o Senhor lhes mostraria um novo caminho até o propósito.
Ali nesse lugar eles aprenderam algumas importantes lições que vão nos ajudar a entender esse processo de embranquecimento que tanto nos é necessário. Foram ensinados a respeito dos vários tipos de ofertas que dariam quando entrassem na terra; da importância do sacerdócio na expiação por algum não cumprimento do dever; da sacralidade do Sábado e da lembrança da necessidade de cumprir os mandamentos. Tudo isso está em Nm 15, e sabemos que são figuras da obra de Cristo consumada. Ele é a oferta agradável; nosso Sumo sacerdote intercessor; nosso Dia Perfeito e descanso, e, pelo Seu Espírito, nos deu o penhor para que cumpríssemos seus mandamentos eternos. As obras dos santos são o linho fino branco e puro: “Regozijemo-nos e exultemos, e demos-lhe a glória! Pois são chegadas as bodas do Cordeiro, e já sua noiva se aprontou. Foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, resplandescente e puro, o linho fino são os atos de justiça dos santos” (Ap 19:7-8).
A garantia, ou seja, o penhor, de que chegaremos no nosso destino final é a obra do Espírito Santo. Cristo viveu uma vida absolutamente santa, agradável ao Pai, que o habilita a cumprir, nele, toda a Lei. É Ele que nos justifica, nos arrancando do Egito, ou seja, desse sistema mundano; e também, quem nos santifica através da Sua própria vida em nós. Só é necessário, então, desejarmos que Ele realize essa obra em nós: “Mas agora, libertos do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação, e por fim a vida eterna” (Rm 6:22)
Assim como da árvore que origina o nome do lugar é tirada a seiva branca, assim também de nós, o Senhor quer achar a Vida do Filho. O homem por si só, entregou a incredulidade de Ritma, e a soberba e presunção de Rimom-Peréz, experimentando o fracasso de ambos. Agora, uma nova porta é aberta: A Vida Pura de Cristo pelo Seu Espírito é a chave para que nos tornemos brancos e puros, e aptos para entrar na terra do descanso. Deus nos abençoe.
Pr Marcos Reis