IGREJA - O EXÉRCITO DE DEUS NOS ÚLTIMOS DIAS V
“Não penseis que vim trazer paz à terra, não vim trazer paz, mas espada” (Mt 10:34)
Um modelo estabelecido a partir do Cristo ressurrecto! “Destruí esse tempo e em três dias o levantarei” (Jo 2:19). É assim que tem que ser interpretado o tabernáculo erigido no êxodo que deu início à jornada de provisoriedade no deserto. Vimos que cinquenta dias depois, assim como no pentecostes, o povo já era um exército de homens “capazes de sair à guerra” (Nm 1:3). A capacidade do exército de Deus não é uma capacidade humana; é o poder advindo do Espirito Santo: “Ficai em Jerusalém até que do Alto sejais revestidos de poder” (Lc 24:29). Somos capazes de sair à guerra no exato instante em que somos revestidos do poder do Espírito Santo! Sem Ele, é impossível a caminhada.
A guerra começa imediatamente quando recebemos a maturidade do Espírito e rompemos com o padrão do mundo. Antes, mortos nos delitos e pecados, andávamos no mesmo curso do mundo. Não havia guerra nenhuma. E é exatamente assim que muitos (até mesmo dentro da igreja) pensam ainda hoje: “Que exagero! De que guerra estas pessoas estão falando?”. É quando se é ressuscitado de uma vida de morte em delitos e pecados que passamos a viver na contramão desse sistema e, é aí que os benditos e necessários conflitos se iniciam, esse é o início da guerra, a qual somos capazes de vencer somente pelo poder do Espírito Santo: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso desse mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência, entre os quais todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza, filhos da ira, como os demais” (Ef 2:1-3). Não há guerra para quem vive no mesmo curso desse mundo caído. Alguém está em dúvida se, como filhos de Deus, vivemos desde a nossa conversão, em guerra? Pergunte a sua carne e ela responderá! Ele nos deu vida nos ressuscitando e nos fazendo assentar nas regiões celestes (Ef 2:6). Fomos inseridos nesse tabernáculo erigido! EM CRISTO, na sua morte e igualmente na sua ressurreição!
O problema do “crente moderno” (se é que isso existe) é a aversão total a qualquer conflito e confronto que tem por objetivo subjugar a carne! A carne reclama e, desistem fácil. Por não aceitarem guerrear, deixam de viver. Casamento, filhos, amizades, vida em comunhão na igreja, ministério, tudo isso tem problemas por causa da existência da nossa humanidade, nossa carne! É claro que haverá momentos de guerra, e é exatamente através deles, que o governo do Espírito se estabelece através da nossa submissão e quebrantamento. Deus usa tudo isso para realizar o Seu verdadeiro propósito: formar Cristo nos seus filhos. O que muitos preferem? A falsa paz! Não caso, não tenho filhos, não tenho amigos, não vivo em comunhão com irmãos e, ministério, nem pensar! Uma “ausência de problemas” que traz à reboque uma vida sem propósito. Assim muitos estão escolhendo viver. Que Deus mude tal pensamento! Não é essa paz que Jesus veio trazer! A paz Dele é uma paz em meio à guerra! “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16:33). O lugar mais seguro e agradável para um verdadeiro filho de Deus é exatamente no meio dessa guerra, tendo nosso corpo marcado com as experiências, por vezes dolorosas, que nos fazem melhores a cada dia da caminhada.
O que nos faz caminharmos em direção ao propósito de sermos semelhantes a Cristo? Ele mesmo “aprendeu a obediência por meio daquilo que sofreu” (Hb 5:8). Exclua a guerra e juntamente será excluída qualquer possibilidade do Seu propósito se realizar em nós.
Deus abençoe
Pr Marcos Reis