Aba Pai - Intercessor dos que creem

ABA PAI – AMA O MUNDO E INTERCEDE PELOS QUE CREEM

“Eu rogo por eles. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus. Tudo o que tenho é teu, e tudo o que tens é meu. E neles sou glorificado. Já não permanecerei no mundo por muito tempo, mas eles estão no mundo, e eu vou para junto de ti. Pai Santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que sejam um, assim como nós” (Jo 17:9-11)

     Quando o sumo sacerdote, uma vez por ano, entrava no Santíssimo, no Dia da Expiação, todos os que ficavam do lado de fora, precisavam estar conectados com aquele que entrou. A expiação não era algo que podemos chamar de “automático” para todos, mas, eficaz, para aqueles que se identificavam, com arrependimento e fé, com aquele que adentrou diante da glória de Deus. Aqui há uma verdade tremenda: Ainda que Deus ame o mundo, a intercessão é eficaz para aqueles que creem. Essa é a graça do evangelho: Deus amou o mundo inteiro, dando o seu Cristo para morrer por todos a fim de salvar aqueles que creem! “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos os que o receberam, deu-lhes o poder se serem feitos filhos de Deus” (Jo 1:11-12).

     Jesus deixa claro que não intercedia pelo mundo, mas pelos filhos. Como diz o autor da carta aos Hebreus: “Portanto, pode salvar perfeitamente, os que por ele se achegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7:25); ou ainda, Paulo aos romanos: “E aquele que examina os corações sabe qual a intenção do Espírito, porque segundo a vontade de Deus, é que intercede pelos santos” (Rm 8:27). Vemos o quão importante é estarmos ligados ao Senhor! Identificados com Ele para que a intercessão dele seja realidade para as nossas vidas, como filhos.

     Muito se vê, hoje em dia, uma pregação focada no amor de Deus, o que, em parte, é maravilhoso. Deus realmente ama o mundo! Isso não discutimos. A questão importante, se queremos entender a paternidade de Deus, é que Ele não aprova tudo o que ama. Parece difícil entender, mas não deveria. É exatamente assim que nos relacionamos com os nossos filhos terrenos. Amamos incondicionalmente todos, mas algumas atitudes não são aprovadas. O Pai está nos levando, através do seu glorioso evangelho, à condição de aprovados. Cheios do Espírito Santo e aprovados. Isso é o que o autor de hebreus chama de “salvar perfeitamente”. Início e fim do processo! Experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus!

     Devemos, como filhos de Deus, estar totalmente identificados com o nosso glorioso Sumo Sacerdote. Hebreus ainda diz: “Entre com ousadia no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho, que Ele nos consagrou pelo véu, isto é, pelo seu corpo” (Hb 10:19-20). Vemos que a Nova Aliança é mais gloriosa que a Antiga: Se na antiga, o povo ficava de fora identificado com aquele que entrava uma vez por ano; na Nova, Ele não só entrou de uma vez por todas, mas nos convida a viver com Ele, nesse lugar da manifestação da glória do Pai Eterno.

     O que falta para muitos é ousadia. O que falta é identificação total com aquele que entrou uma única vez, para interceder por aqueles que creem. O processo da perfeição não é algo automático, mas algo que remete a nossa ousadia e perseverança em segui-lo, sem olhar para trás. Não tenhamos dúvidas: Ele ama todos, mas intercede por aqueles que creem e estão identificados com Ele, a fim de que estes, com a ajuda do Senhor, possam ser conduzidos à Glória! O Nosso Rei não se envergonha de nos chamar de irmãos! Aba Pai!

“Convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições, o autor da salvação deles. Tanto o que santifica, como os que são santificados, provém todos de um só. Por causa disso, Jesus não se envergonha de lhes chamar de irmãos” (Hb 2:10-11).

Pr Marcos Reis


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