AS JORNADAS ATÉ A PLENITUDE DE CRISTO - HASMONA 26/42
“Partindo de Mitca e acamparam-se em Hasmona” (Nm 33:29)
“O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir, eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (Jo 10:10)
Desde a 15ª estação, Ritma, estamos vendo o Senhor trabalhar a santificação coletiva do seu povo. Depois de terem ficado um ano inteiro no deserto do Sinai para que, de indivíduos, se tornassem um exército; eles saíram para Cades, para que no período próximo de trinta e oito anos, fossem aperfeiçoados, santificados, coletivamente. Se foi em Ritma que a geração antiga foi sentenciada pela incredulidade por causa dos espias; também foi este o início de uma nova transição para a maturidade naquela geração nascida no deserto, que mais tarde herdaria a plenitude.
A geração que herda o reino é uma geração coletiva e não individual: cuida uns dos outros, porque sabe que o pecado de um, é o pecado do corpo; se move em obediência e não na soberba da individualidade; se submete totalmente ao guiar Espírito Santo; entende que não há mais “meio termo”, ou avança ou fica para trás definitivamente, por isso valoriza as verdadeiras reuniões que visam ao exercício do sacerdócio e maturidade a fim de que possa agradar Aquele que tanto a ama. Esta geração vence os medos e tem consciência que caminha contra o curso natural da vida mundana desse século, tudo isso debaixo de uma submissão irrestrita no tempo exato em que somos convocados pelo Senhor. Estes são tópicos preciosíssimos da caminhada nesse caminho perfeito até que a glória seja revelada totalmente.
Na última estação, Mitca, aprendemos que, ao contrário do que possa parecer, nada disso é penoso; mas doce, suave, prazeroso. Em Hasmona a lição é que quando abraçamos em amor a doçura dessa carreira, viveremos a abundância verdadeira que realmente necessitamos. Hasmona significa abundante, fértil. Aprendemos que a verdadeira abundância nunca consistiu em bens ou conquistas pessoais, mas no prazer de estarmos inseridos em sua gloriosa obra coletiva de preparar para Si mesmo uma Esposa, uma Casa. Nas palavras de Jesus, a abundância não está nas coisas, mas no Reino de Deus e sua justiça. Jamais seremos abundantes se não abraçarmos essa carreira coletiva em direção à plenitude. Irmãos muito queridos têm tido tantas dificuldades em experimentar a abundância de vida da que Jesus fala exatamente por não entender os direcionamentos específicos de cada estação, e por isso, a carreira cristã e o evangelho têm tanto pouco apelo e transformação nas suas vidas.
Fomos chamados para uma carreira gloriosa e essa percepção de prazer e abundância para nós, não deve ser somente uma esperança futura, mas já experimentada durante a própria jornada. Se não temos no exercício da carreira o prazer e a abundância de Cristo, muito provável que não a teremos como o prêmio definitivo. “Já somos… já chegamos … apesar de ainda não ter sido manifesto o que haveremos de ser” (I Jo 3:2; Hb 12:22-23). A verdadeira alegria é estar no centro do propósito do Eterno e este propósito não é individual, é coletivo. Se o curso desse mundo nos leva a querer a abundância das coisas terrenas, por outro lado, a nuvem que nos guia nos levará a buscar essa abundância na própria obediência e submissão ao plano eterno do nosso Senhor. Cabe a nós entender e buscar a verdadeira abundância. Chegar a Hasmona e experimentar a alegria dessa abundância nos fará mais fortes em prosseguir na caminhada. Não há possibilidade de se chegar o final sem que já tenhamos em nós essa satisfação do que já somos e já temos, mesmo que ainda não tenha sido manifesto. Deus nos abençoe.
Pr Marcos Reis