A QUEDA DO TERRENO E A RESTAURAÇÃO DO CELESTIAL - VII
“A glória dessa última casa será maior que a da primeira” (Ag 2:9). O Senhor está nos trazendo de volta para Ele! O Espírito Santo está tocando nos escolhidos para que estes entendam que são do Senhor e precisam estar juntos Dele! Estes estão sendo chamados a edificar a Casa do Senhor: “Todos aqueles cujo espírito Deus despertou para subirem e edificar a Casa do Senhor que está em Jerusalém” (Ed 1:5). Edificar é um passo além do início da nossa fé; é transformar, estabelecer permanentemente. Assim como a mulher tirada do lado do homem, Adão, em Gênesis, foi transformada por Deus para ser apresentada ao homem; assim a igreja, uma vez salva e inserida em Cristo, está sendo santificada por Cristo, para ser apresentada a Cristo. Dele, Por Ele e Para Ele. Ele nos amou, se entregou por nós com o propósito de sermos perfeitos para Ele: “para santificá-la, tendo-a purificado com a lavagem da água pela Palavra, a fim de apresentá-la a si mesmo, igreja gloriosa, sem mancha nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5:26-27).
Falamos sobre o ajuntar-se como um só Homem, um altar bem firmado nas suas bases; e isso significa uma vida voltada absolutamente para o propósito desse Homem, Cristo, o nosso Senhor. Não mais movidos pelos desejos individuais, mas uma edificação coletiva que visa à glorificação do nosso Senhor. Para isso, não deve haver concessões, o altar precisa estar firmado em bases sólidas. O mundo tem vivido constantes mudanças, mas a Palavra do Senhor e seus mandamentos permanecem para sempre. Edificar a Casa é voltar a princípios que muitos hoje chamariam de exagerados, mas precisamos entender que a igreja é o único organismo que tem a missão de manter os padrões eternos nesse mundo caído. O mundo se molda às modernidades do seu tempo, nós nos moldamos ao Cristo Eterno! O fundamento jamais pode ser negociado.
É claro que haverá aqueles que se contrapõem a esse modelo de vida de edificação, chamarão de radicalismo, exagero; até desejam se juntar, desde que seja "edificando do seu próprio jeito”: “Deixai-nos edificar convosco, porque como vós, buscamos o vosso Deus, como também já lhe sacrificamos… “ (Ed 4:2). São estrangeiros no meio do povo, não têm o DNA divino, nunca nasceram de novo, por isso não entendem o significado de um altar firme. A resposta de Zorobabel é enfática: “Nada tendes conosco na edificação da Casa de Deus” (Ed 4:3). A verdade é que é impossível haver transformação de quem não experimentou verdadeiramente o novo nascimento! Se não entendermos isso, corremos o risco de nos desanimar.
O trabalho da edificação parou por um tempo, Esdras escreve sobre isso, pois o povo desanimou com as ameaças daqueles que, embora estivessem ali, não pertenciam ao povo de Deus. E assim o é hoje. Impedidos pelo Senhor de edificar, começaram a trabalhar contra a edificação. Como precisamos ter cuidado com isso! Quantos acabam por afrouxar as bases do altar para que todos possam estar encaixados na edificação? Ao negligenciar o fundamento, a edificação é comprometida! Diminuem o nível da vida com Deus e assim acomodam todos numa "harmonia democrática" que já não glorifica aquele Homem Único, Cristo!
Precisamos nos manter firmes, fortalecidos pela palavra profética da qual temos a certeza de que quem nos deu a ordem de edificar foi o próprio Deus. É primordial nos mantermos fiéis ao chamado, independente das críticas, muitas vindas de pessoas que nunca nasceram de novo. “Quem vos deu ordem para reedificardes essa casa e restaurardes este muro? Nós somos servos do Deus dos céus e da terra e reedificamos a casa que há muitos anos fora construída, a qual um grande rei de Israel edificou e a terminou” (Ed 5:3,11).
Vamos firmes, sem vacilar, sabendo que os que desejam a glória de Deus precisam amar a edificação, pois somente a uma Casa edificada, o Senhor manifesta sua glória: “Quando o Senhor edificar a Sião, aparecerá na sua glória” (Sl 102:16).
Continua …
Pr Marcos Reis