ABA PAI - QUEBRANTAMENTO
“Vindo, porém, a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a Lei, para resgatar os que estavam debaixo da Lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. Porque sois filhos, Deus enviou ao nosso coração o Espírito do Seu Filho que clama: Aba Pai” (Gl 4:4-6)
A revelação de Cristo como o Filho Amado de Deus, revela Deus como Pai. O Espirito de Jesus, em nós, nos leva a uma relação com Deus, acima de tudo, como o nosso Pai, o Aba Pai, que literalmente quer dizer: Paizinho Querido! Infinitamente mais do que um Deus que recebe qualquer tipo se serviço da nossa parte, Ele precisa ser visto e sentido como o nosso Pai! Nosso Pai Carinhoso!
Nós já falamos muito a respeito disso, mas não custa lembrar: a paternidade na família é um espelho da paternidade do céu. Por isso, vemos tanta força vinda das hostes da maldade para destruir a família e esse relacionamento de paternidade. O pai é o que provê, cuida, sustenta e corrige. Uma pesquisa no Brasil mostra que os homens estão demorando demais para amadurecerem; só amadurecem de fato, em média, aos 45 anos; na Europa, a situação é ainda mais alarmante; o amadurecimento vem somente aos 54 anos! Por causa disso, temos presenciado uma geração que tem tido problemas em entender a paternidade de Deus, exatamente porque tem tido dificuldade de ver o espelho na terra, nas famílias. Não devemos nos calar sobre esse importante tema. O silêncio pode matar mais rápido do que muitas palavras.
A maturidade é algo que é exercido através de uma paternidade aprovada por Deus. Pessoas maduras são gratas e não murmuradoras; praticam a comunhão e não o egoísmo; temem a Deus, amando o que Ele ama e odiando o que Ele odeia, ao invés de serem indiferentes; e acima de tudo amam a correção. Amor à correção é algo que somente pessoas maduras podem expressar. Geralmente, crianças não gostam de ser chamadas à atenção!
A verdade é que o Aba Pai sabe exatamente como criar seus filhos. Deus sabe como parar uma rebelião; e muitas vezes faz isso através de uma correção, de um castigo. Talvez este seja o problema da geração que tem se levantado: uma geração que não conhece a correção. Pais acham que não devem corrigir; o sistema do mundo a cada dia, ensina o “exercício da liberdade” e o resultado, na maioria das vezes, é catastrófico. O fato é que como Deus não é assim. Se somos filhos, Ele nos repreenderá, porque nos ama. O nível da repreensão será diretamente proporcional à nossa capacidade de nos render e nos quebrantar diante Dele.
A dor é algo necessário para muitos. Porque é exatamente a dor que vai denunciar o que está errado. Sem a dor manifestada no corpo, seria impossível entender a desordem interior do organismo. Não adianta querer que o Pai trate a dor a levando embora; Ele quer tratar, antes de tudo a desordem. “Levarei ao deserto e falarei ao coração” (Os 2:14).
Estamos vivendo um tempo em que o Pai está chamando os seus filhos de volta. Ele precisa mostrar para os filhos a real condição de cada um deles, e não devemos nos espantar, se Ele decidir mostrar isso através da correção, por que Ele “corrige a quem ama e açoita a todo o que recebe por filho” (Hb 10:6).
A rendição, o quebrantamento, a submissão ao tratamento do Pai, vai dizer o quanto o processo vai durar. Ele quer realmente nos fazer um vaso novo, e para isso precisa quebrar o velho. Através de uma vida cheia do Espírito de Deus, veremos um único clamor no nosso coração: Aba Pai.
Pr Marcos Reis