AS JORNADAS ATÉ A PLENITUDE DE CRISTO - JOTBATÁ 30/42
“Partindo de Hor-Hagidgade, e acamparam-se em Jotbatá” (Nm 33:33)
“Dali partiram a Gudgodá e de Gudgodá a Jotbatá, terra de ribeiros de águas. No mesmo tempo o Senhor separou a tribo de Levi, para levar a arca da aliança do Senhor, para usar adiante do Senhor, para o servir, e para abençoar o seu nome até ao dia de hoje. Por isso Levi não tem parte nem herança com seus irmãos; o Senhor é sua herança, como o Senhor teu Deus lhe tem falado” (Dt 10:7-9)
“Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna”. (Jo 4:14)
Uma caminhada doce de uma vida abundante de Cristo gerada pelo relacionamento com Ele, que nos faz, mesmo às adversidades do deserto, seguirmos firmes, olhando firmemente para o capitão da nossa fé e expressando marcas visíveis dessa Palavra em nós . Essas foram, resumidamente, as lições das últimas cinco paradas no deserto. Isso é maravilhoso, porque mostra o trabalho cirúrgico e perfeito da obra do Espírito Santo em nós. Chegamos a Jotbatá, a terra dos ribeiros de águas, cujo significado é "deleite, agradabilidade". É também nessa ocasião, pelas palavras de Deuteronômio, que os levitas foram separados "para levar a arca da aliança do Senhor”, para serem os condutores da glória de Deus!
Essa parada tem muito a nos dizer no que diz respeito ao verdadeiro crescimento em Cristo. Uma vida cheia, guiada e dominada pelo Espírito Santo é a garantia do deleite e de nossa agradabilidade diante do Senhor e consequentemente sermos condutores da Sua glória. O fato é que a glória de Deus, sabemos, não é um sentimento ou um poder abstrato, mas algo que é manifestado através da vida de cada um de nós. Um dia, quando Ele vier, essa glória será expressada pelos seus santos: “E quanto vier, será glorificado nos seus santos” (II Ts 1:10). Para isso estamos sendo edificados, para sermos o lugar do seu repouso e deleite.
Essa parada nos ensina o que é o verdadeiro deleite: uma vida estabelecida no Espírito. Quando o Senhor encontra a mulher samaritana, a proposta é que seu ventre fosse curado. Através do encontro com o Senhor, uma fonte de água viva passaria a jorrar do seu interior, sobrepondo o ventre humano e seus desejos naturais. Paulo fala sobre a natureza caída do ventre humano; suas aspirações terrenas, chegando a citar esse ventre como um deus: “o deus deles é o ventre, o fim é a perdição, só pensam nas coisas terrenas” (Fl 3:19). Á medida que o povo vai se aproximando do término da caminhada de peregrinação; ele vai entendendo a sua realidade na eternidade. Lembramos que nesse deserto, o que se está abordando é o crescimento do Corpo, e Jotbatá fala do verdadeiro deleite e agradabilidade de um corpo, uma igreja, governada não pelos desejos humanos, mas totalmente pelo Espírito Santo.
Em tempos de psicologia humana, programas de auto realizações, que não servem de absolutamente nada no que tange a nossa caminhada em direção à plenitude de Cristo, como é urgente uma vida eterna, cheia no Espírito. O máximo que programas gerados por ventres humanos podem alcançar é a realidade terrena da nossa temporária existência. Os relacionamentos terrenos daquela mulher nunca foram capazes de saciar sua sede de eternidade. Encontrando essa fonte, começamos a experimentar a eternidade, que já começou dentro de nós, uma vida no Corpo de realidades espirituais é o que tem preparado o Senhor para nossa vida como Igreja dele. Deus nos abençoe.
Pr Marcos Reis