UNIDADE – GERAR, FRUTIFICAR E REINAR
“Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um, e destruiu a parede de separação, a barreira de inimizade que estava no meio, desfazendo na sua carne a Lei dos mandamentos que consistia em ordenanças; para criar em si mesmo dos dois, um novo homem, fazendo a paz”. (Ef 2:14-15)
É fato que a figura mais perfeita da relação de Cristo e da Igreja é o casamento. E não é por acaso que o inimigo vem tentando de todas as formas destruir e manchar o casamento e consequentemente a família. O maior bem de um casamento é o poder de se relacionar. Uma mulher, por exemplo, ainda que tenha tudo o que se pode comprar, nunca estará plenamente realizada, sem o perfeito relacionamento de intimidade. A igreja de Cristo nunca se realizará, se sua vida for pautada apenas por bens, realizações e conquistas. É necessário que essa união seja coberta de intimidade. Os bens podem distrair, enfeitar; mas somente a intimidade, gerada na unidade, pode gerar. A manifestação do reino de Deus é o dar à luz aquilo que foi gerado pela intimidade.
Qual é o propósito da unidade? A resposta é uma só: GERAR. Muito além de grupos religiosos ou denominações, nós estamos sendo unidos uns aos outros em um corpo e todos, então, unidos a Cristo. Essa união de intimidade, uns com os outros e de todos, sendo UM com Cristo, tem a promessa de gerar em intimidade com Ele, aquilo que é o grande propósito da obra do Pai: O novo homem da nova criação. Cristo, o Cabeça perfeitamente aprovado por Deus, ressurreto, glorificado, é a expressão clara de uma perfeição que, por incrível que pareça, ainda será “completada” com a Esposa, sendo assim, a união dos dois, esse novo homem da nova criação é o que foi gerado dessa união. Se repete a afirmação lá do Gênesis: “Não é bom que o homem esteja só, far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja correspondente”.
A união de Cristo e sua Esposa, a Igreja, tem por consequência a manifestação da glória eterna e absoluta de toda a completude da obra. “Quando vier para ser glorificado nos seus santos, admirado em todos os que creram, naquele dia” (II Ts 1:10). Ele não será glorificado à parte dos seus santos, mas NOS seus santos. Precisamos entender que não se trata de uma glória da qual a Esposa não faça parte. A Esposa, A Igreja unida ao Cabeça, não só faz parte disso, mas é parte integrante disso.
Talvez um dos maiores problemas da nossa geração seja conviver com um evangelho apartado da unidade uns dos outros e, consequentemente, de Cristo. Vê-se o próximo e o próprio Cristo como algo externo à nossa realidade e vivência. O caminho da individualidade é radicalmente oposto ao da unidade. Corpo (entre si) e Cabeça precisam estar perfeitamente alinhados e ligados para que todos os sentidos desse “novo ser” sejam ativados e funcionem para a glória de Deus.
A ordem de Deus para frutificar, multiplicar e sujeitar a terra foi dada ao casal e não só ao homem. Isso é muito importante: “Deus OS abençoou e LHES disse: Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre todas as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra” (Gn 1:28). Por incrível que pareça, o governo do reino não é somente para o Cristo pessoal, ressurreto e glorificado. Não obstante Ele ser perfeitamente Todo-Poderoso para o fazer, aprouve ao Pai, ordenar que o casal em unidade, fosse o estabelecimento desse reino de frutificação e governo. Glória a Deus!!!
Venha o Teu Reino Senhor! Estabeleça o Seu governo nessa terra! Santificado seja o Teu nome a todas as nações. Te adoramos, por nos chamar a ser parte dessa glória tremenda, que já vivemos como filhos de Deus, mas que se manifestará ainda mais profundo, de uma forma gloriosa e eterna. Nosso coração anseia por vê-lo como verdadeiramente és! Por isso, entendemos que a unidade entre nós irmãos, é muito maior do que a concordância de opiniões ou a proximidade daqueles que têm afinidades, mas, sobretudo, a esperança da manifestação do propósito eterno do Pai que é gerar o Novo Homem da nova criação. Seguiremos em unidade, amando a Ti acima de tudo e ao nosso próximo, como o Senhor nos amou!
“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque assim com Ele é, nós o veremos, e todo o que nele tem essa esperança, purifica a si mesmo, como também Ele é puro” (I Jo 3:2-3)
Sigamos EM UNIDADE, com perseverança, a carreira que nos está proposta! Deus os abençoe.
Pr Marcos Reis