IGREJA - O SACERDÓCIO DA ALIANÇA ETERNA EM CRISTO - V

“Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. Tende em vós, o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, pois ele, sendo Deus, não teve por usurpação o ser igual a Deus, antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fl 2:3-8)

A igreja participa da Aliança plena, perfeita: CRISTO. Somos o Corpo de Cristo. A revelação e manifestação de Cristo nesse mundo. Chamados como provedores, abençoadores, expressão da Glória de Deus no mundo para salvação dos homens. Não somos individuais, somos SACERDOTES do Seu Reino. A obra de satanás é levar o homem a focar em si mesmo fazendo-o sair do lugar do seu propósito: “Adão, onde você está?”. É preciso ser reposicionado antes de prosseguir. A pior coisa que pode acontecer é "dar certo" na direção errada. “Adão, quem te disse isso?”. O que ouvimos define a direção que tomamos.

Não somos servos em busca de uma recompensa; somos filhos chamados a servir, como Jesus. Nossa origem é o céu. Descemos para abençoar, servindo a nossa geração, para o propósito para o qual fomos predestinados. Não somos superiores! Nada é por mérito! Se fomos chamados antes, não merecemos um salário maior; somos "sementes que morrem” para gerar vida. Precisamos ter cuidado com o “salva-te a ti mesmo”, porque foi exatamente o que satanás propôs para Jesus: não morrer na cruz a fim de que o Cristo jamais fosse manifestado.

Fomos acostumados a esperar por mudanças à nossa volta para experimentarmos a plenitude. E essa é a causa do desânimo, desesperança de tanta gente. Não veem o mundo ou as pessoas ao redor mudarem, então acham que Deus não está agindo. A realidade é que Deus nunca prometeu a mudança externa nessa Era, mas a transformação interna da nossa mente no conhecimento de Cristo. É a transformação da mente, e não das circunstâncias, que faz com que a perfeita vontade de Deus seja vivida! Feitos são temporários e quando acabam, levam junto a vontade de estar junto; o amor não, permanece, porque não atenta somente para o que é seu, ou seja, não busca o seu próprio interesse.

Na caminhada do Egito até Canaã, por exemplo, não temos dúvidas de que a nuvem caminhava a fim de que o mais cansado dos irmãos pudesse acompanhar, sendo guiado e protegido. Os mais “rápidos" esperavam pelos outros! Assim é a comunhão verdadeira, “se tem fome, coma em casa”, mas aqui, “esperem uns pelos outros”. Que haja em nós o mesmo sentimento que houve em Jesus que sendo Deus não se julgou superior, ao contrário, se esvaziou até a forma humana de servo, não se considerando superior. Ele mesmo disse: “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10:45).

Jesus é o Pão que se deixou ser partido para que pudesse ser alimento. Um pão que vive para si, sem ser partido e comido, estraga em pouquíssimo tempo. "Por causa disso muitos estão doentes e não são poucos os que dormem". A forma do pão “ser salvo” não é se preservando, mas se repartindo! Assim somos nós, o Corpo de Cristo. Quando comemos do pão e bebemos do cálice estamos respondendo “sim” ao chamado para servir, com a nossa vida repartida, aos nossos irmãos. Hoje, eles podem estar chegando e serem "menos capacitados”, mas, alimentados, eles poderão fazer o mesmo para os próximos e assim por diante. Quanto mais se reparte mais se multiplica. Essa é a matemática celestial que só pode ser entendida e vivida por uma mente transformada que aprendeu a ser um sacrifício vivo no altar de Deus.

Ninguém nos deve nada! Como sacerdotes, temos o nosso galardão já estabelecido em Deus. Não temos prêmio nesse mundo. Ele é a nossa herança. Absolutamente nada fazemos para sermos notados ou recompensados! Somente o amor. O amor que personificou Jesus em sua vida terrena. Devemos servir sem expectativas de retorno e assim não viveremos frustrações, a vida ficará mais leve, o descanso será experimentado, mesmo quando algo não der certo! E tenha certeza que haverá muitos momentos em que as circunstâncias serão desfavoráveis.

O amor é a única motivação que devemos ter! Isso nos basta! É o combustível do nosso propósito nesse mundo até voltarmos para Casa!

Pr Marcos Reis