O Exército de Deus nos Últimos Dias - IV

IGREJA - O EXÉRCITO DE DEUS NOS ÚLTIMOS DIAS - IV  

“E tudo fez Moisés segundo o que o SENHOR ordenou, assim o fez” (Ex 40:16)  

“…Disse o SENHOR a Moisés, no deserto do Sinai, na tenda da congregação" (Nm 1:1)  

Aprendemos que o povo de Israel chegou ao Sinai no terceiro mês desde a saída do cativeiro no Egito e ali ficou por quase um ano, recebendo as orientações para a construção do Tabernáculo de Deus, conforme o modelo celestial mostrado a Moisés no monte. Ali também este povo foi treinado até ser transformado, de um montão de gente escrava para uma nação santa, ordenada, escolhida para sacerdócio de todas as nações da terra. Nação esta que partiu, marchando pelo deserto, como um exército poderoso com bandeiras, cada um no seu lugar, e todos debaixo de uma única direção, a nuvem e a coluna de Deus, a presença do Espírito Santo, guiando e protegendo o povo nas suas jornadas até a terra prometida.  

Depois de cinquenta dias do tabernáculo erigido, Israel saiu em marcha sob o toque de rebate da trombeta de Deus. Cristo ressuscitou e exatamente cinquenta dias depois, o Seu Espírito, como um som de um vento impetuoso, foi derramado sobre a igreja, para que essa começasse a sua jornada como um exército poderoso de Deus nessa terra! Nós somos o Exército de Deus nessa terra! E estamos, desde o início, sendo treinados para a grande guerra final. “Seguiam-no os exércitos que há nos céus, montados em cavalos brancos, vestidos de linho finíssimo, branco e puro” (Ap19:14). É a igreja vindo como a “alva do dia, formosa como a lua, pura como o sol, formidável como um exército com bandeiras” (Ct 6:10). É o povo que obedece o toque da trombeta em Sião, de Joel 2, que vem, igualmente na alva, como um “povo grande e poderoso, o qual desde os tempos antigos, nunca houve, nem depois dele haverá” (Jl 2:1-2). Que glória e privilégio é entender e participar de tão grande salvação!  

O povo ía em direção a uma Canaã física, nós estamos indo em direção a Sião, nossa terra prometida, celestial. Tudo está escrito para que entendamos que os princípios são os mesmos. Muitos morreram no deserto na sombra do AT; assim também, o SENHOR nos adverte para que, igualmente, não fiquemos para trás, caindo no mesmo pecado. Por dez vezes tentaram o Senhor com suas murmurações, movidos pela cobiça, não crendo e não obedecendo a sua voz e isso fez com que o SENHOR rejeitasse aquela geração, sem anular Sua Promessa (Nm 14:22-23). 603.580 homens "capazes se sairem a guerra” (Nm 1:3) saíram em marcha; 601.730 entraram na terra, porém, somente dois, Josué e Calebe, começaram e terminaram. Deus cumpriu a sua promessa, fielmente, embora muitos tenham ficado, pessoalmente, de fora. Somos sim “capazes de sair à guerra”, pois temos recebido muito treinamento do SENHOR, conforme o modelo mostrado no monte. A pergunta é: qual a nossa resposta à capacitação que nos tem sido dada? Todos os que foram reprovados eram capazes, o que nos ensina que não caímos por falta de capacidade, mas pela falta de obediência, pela falta de resposta ao que nos foi dado pela graça.  

Duas frases marcam os livros de Êxodo e Números que perfazem todos os quarenta anos de deserto, nossa peregrinação nessa terra: “Fez conforme o SENHOR ordenou” e “Disse o SENHOR a Moisés: fala ao povo…”. Entendemos o porquê de Deus escolher um homem que não sabia falar! Não precisamos saber falar, precisamos saber OUVIR e OBEDECER. Moisés não fez nada, nem disse nada próprio dele, mas fez e disse, o que ouviu do SENHOR. É a nossa incapacidade que nos mantêm dependentes. Essa é a grande lição da aprovação do Seu Exército: fazer e falar (ensinar) somente o que o SENHOR DOS EXÉRCITOS manda! “Enviei o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar” (At 1:1). 

 

Deus abençoe  

Pr Marcos Reis


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