AS JORNADAS ATÉ A PLENITUDE DE CRISTO – JORDÃO 42/42
“E partiram dos montes de abarim, e acamparam-se nas campinas de Moabe, junto ao Jordão, na direção de Jericó.” (Nm 33:48)
“ E estas coisas aconteceram em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João batizava” (Jo 1:28)
“ É necessário que Ele Cresça e eu Diminua" (Jo 3:30)
Finalmente o povo de Deus chega à ultima das quarenta e duas estações. Toda uma peregrinação desde o Egito até o cumprimento da promessa. Essa é a nossa caminhada cristã, nossa carreira “tão gloriosa”. O Jordão, original “Yarden" não poderia ter outro significado: “AQUELE QUE DESCE”. Ninguém entrará no reino dos céus se não estiver totalmente submetido ao Senhor! Descer para subir! “Ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu” (Jo 3:13). Não nos enganemos, se foi este o padrão do próprio Deus em Cristo, por que conosco seria diferente? Uma multidão que saiu do Egito ficou para trás e jamais entrou na promessa; assim também somos avisados para que não caiamos na mesma condenação (Hb 4:1-2; I Co 10:1-6)
Certa vez me vi pensando na impossibilidade de completar como homem toda essa carreira. Ainda que com a liderança e penhor do Espírito. Então me veio uma ilustração simples à mente que pode ser útil a você que nos lê
Um pai ao sair deixou algumas tarefas aos seus filhos. Qual seria a reação do pai, ao voltar, e ver os filhos envolvidos seriamente na tarefa, ainda que não a tivessem terminado? Certamente valorizaria o “esforço” que tiveram em obedecer e os ajudaria terminando a tarefa junto com eles. Não creio que este pai puniria severamente filhos que fizeram de tudo para honrar o pai, mesmo não conseguindo totalmente. Ao mesmo tempo me veio à imaginação este mesmo pai voltando e vendo as coisas exatamente iguais desde o momento que saiu. Os filhos sequer deram atenção, continuaram nos seus afazeres. Este pai não poderá honrar estes filhos, não há tarefa a ser completada, só haveria disciplina.
Isso é libertador! Porque quando o Senhor voltar não estaremos totalmente perfeitos. Fato! Mas não atravessamos sozinhos. Ele vem ao nosso encontro para atravessar conosco. Lembram de Isaque saindo ao encontro da Rebeca, no finalzinho da sua caminhada de volta a Ele? “Quem é aquele homem que vem ao nosso encontro pelo campo” (Gn 24:65). E então, a resposta do Espírito: “É o meu Senhor”! Que glorioso!
É exatamente isso que vemos ao ver Jesus ser batizado do “outro lado do Jordão” por João, o batista. Ele veio ao nosso encontro! Se Moisés, a Lei, jamais pôde aperfeiçoar, a Josué, Yoshua, e dado a missão de fazer o povo atravessar a terra: “Moisés, meu servo é morto, levanta-te agora, passa esse Jordão, tu e todo esse povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel” (Js 1:3). Moisés foi extremamente fiel como servo, assim é a antiga aliança. Cristo é a nossa âncora, nosso penhor de que se formos fieis até o fim, Ele, que tem o querer, também trará o efetuar no tocante a nossa salvação. "Moisés foi fiel como servo em toda a casa de Deus, dando testemunho do que haveria de ser dito no futuro, mas Cristo é fiel como Filho sobre a casa de Deus; e esta casa somos nós, se é que nos apegamos firmemente à confiança e à esperança da qual nos gloriamos. (Hb 3:5-6)
Firmes até o fim! Diminuindo a cada dia, tendo Cristo sendo formado em nós (Gl 4:19), esperando por Aquele que sairá ao nosso encontro e nos verá caminhando em direção a Ele.
Pr Marcos Reis