Jornadas até a plenitude de Cristo - M.SEFER 20/42

AS JORNADAS ATÉ A PLENITUDE DE CRISTO - MONTE SEFER 20/42

“Partindo de Queelata, e acamparam-se no monte de Sefer”. (Nm 33:23)

“Tu és o meu Senhor; além de ti não tenho outro bem. Quanto aos santos que estão na terra, eles são os ilustres nos quais está todo o meu deleite”. (Sl 16:2-3)

     A linda caminhada em direção ao propósito eterno das riquezas insondáveis de Cristo prossegue. Chegamos ao monte Sefer, a vigésima parada. O Espírito Santo lidera o povo até esse lugar para ali ensinar algo maravilhoso para a nação. O contexto de Sefer está em Números 17:1-9 (sugiro a leitura), onde vemos o episódio do florescer da vara de Arão diante de todo o Israel. Sefer significa “beleza”; “agradável”.

     O Senhor está nos ensinando a necessidade de sermos agradáveis a Ele, ser aceitável. É fato, sabemos, que o Seu amor é incondicional, independe de nossas atitudes, mas em Sefer se entende que o Senhor está a procura da manifestação da verdadeira beleza que fará com que sejamos escolhidos. Vemos que essas varas secas, de uma forma tipológica, referem-se a nossa vida natural, nossa vida humana, inaceitável e incompatível com o padrão divino, que levadas a presença de Deus, produzem a vida do Senhor Jesus. É somente isso que pode frutificar para a glória de Deus. Nossa beleza produzida de forma natural, não é suficiente para a aprovação de Deus. Há um exemplo muito interessante que nos ajuda a entender um pouco mais: As virgens das 127 províncias levadas ao Rei Assuero, das quais Ester acabaria por ser a escolhida. Mesmo sendo as mais belas, necessitaram de um tratamento de beleza, pela figura do Espírito Santo, a fim de que pudessem estar diante do Rei: “E o rei amou mais a Ester do que todas as mulheres, e ela alcançou perante ele, favor e aprovação, mais do que todas as outras virgens. De modo que o rei lhe pôs sobre a cabeça a coroa real e a fez rainha no lugar de Vasti”. (Et 2:17). Todas as varas entraram na Tenda do Testemunho, e saindo, foram manifestas a toda a congregação, porém somente a vara de Arão voltou e passou a habitar naquele lugar. Quando o Espírito desceu sobre Jesus, a plenitude do Pai, faz os céus se abrirem para que pela primeira vez o Pai “se agradasse de um homem”. “Este é meu Filho amado, que eu me agrado” (Mt 3:17).

     Como diz o salmista, os santos que estão na terra são o deleite do Senhor. Não há a mínima dúvida de que Ele nos ama, mas nós desejamos mais do que tudo, a partir desse amor, agradá-Lo, e só há uma única forma disso acontecer: Ele achar em nós a Vida do Verbo de Deus que se fez carne e o agradou completamente. Cristo é a plena satisfação do Pai e assim também somos se achados Nele e Ele em nós. “Cristo em nós é a esperança da glória” (Cl 1:27). Que Ele habite em vós completamente, esta é a lição para aqueles que entendem o que é a verdadeira beleza. Nossa recompensa é a aprovação e a escolha do Senhor na Sua gloriosa volta, e isso será manifesto a todos os povos! “Quando o Senhor vier Ele será glorificado nos seus santos” (II Ts 1:10) e então estaremos para sempre, florescendo eternamente, na Sua gloriosa presença, no tabernáculo Eterno.

     A vara floresceu amêndoas e isso é muito significativo porque fala da infalibilidade dessa escolha e do compromisso do Pai em cumprir essa promessa. Amêndoas no hebraico é “Shaqed” e a palavra velar, garantir, estar alerta, é “Shaqad”. Daí podemos entender o que o Senhor falou no chamado de Jeremias e sua visão da amendoeira: “viste bem, porque eu velo sobre esta palavra para a cumprir". É certo que seremos aceitos, é certo que herdaremos o Seu Reino e viveremos diante do Senhor eternamente se este Verbo, essa Palavra, a Vida da pessoa de Cristo, estiver em nós. Ver o Filho em nós, é a garantia perfeita de que estamos agradando aquele que nos ama. O próprio Pai se encarrega para cumprir essa Palavra. Deus nos abençoe.

Pr Marcos Reis


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